Da Redação – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos EUA, Joe Biden, devem discutir sobre a regulação mundial das redes sociais e defendeu que o tema seja debatido pelo G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.
Lula fez a afirmação, durante entrevista concedida ao colunista do UOL Kennedy Alencar para o “É Notícia”, da RedeTV! Na ocasião, o petista disse que o assunto precisa ser tratado não apenas de maneira localizada, mas mundialmente.
“Eu acho que a única forma de ter uma regulação é mundial. Não dá para fazer uma regulação apenas no país. Portanto, é preciso que seja um assunto a ser discutido no G20. Porque, veja, o Biden derrotou o [ex-presidente] Trump, mas não derrotou a extrema-direita, ela está viva. Aqui no Brasil, a gente derrotou o [ex-presidente] Bolsonaro, mas ainda é possível derrotar o bolsonarismo, que é aquele fanático, aquele que acredita em tudo, aquele que ofende as pessoas, aquele que xinga”, disse o presidente.
O chefe do executivo federal também defendeu que as empresas responsáveis pelas redes sociais respondam pelo compartilhamento de mentiras e notícias falsas.
“Eu não sei como fazer, mas nós vamos tentar estabelecer uma discussão na sociedade brasileira, porque nós temos que responsabilizar um pouco as empresas, sabe? Que fomentam”, afirmou.
Lula destacou ainda que esse processo deve ser feito sem ‘censura’ e com a abertura de um debate entre especialistas.
“Não é preciso censura. Se a sociedade participar e encontrar um dominador comum de que tal coisa tem que ser brecada pela própria empresa…Não pode publicar uma coisa e apenas dizer ‘Isso é mentira’. Se é mentira, não pode ser publicado. Eu acho que sozinho talvez ninguém saiba como fazer, mas se a gente abrir um debate na sociedade, se a gente abrir as pessoas que são especialistas em Internet, se a gente abrir os meios de comunicação, e a gente fazer uma discussão…”, disse o petista.
O presidente também foi questionado sobre a possibilidade de concorrer novamente ao Planalto em 2026. Se durante a campanha ele disse que não tentaria a reeleição, dessa vez não descartou a possibilidade —se a situação estiver “delicada”.
“Se chegar no momento, sabe, e estiver uma situação delicada e eu estiver com saúde…porque também só posso ser candidato se eu estiver com saúde perfeita, sabe? Mas saúde perfeita com oitenta e pouco, 81 de idade, energia de 40 e tesão de 30. Pronto, aí eu posso [ser candidato]”, ressaltou.
