Brasil

Augusto Aras será o novo Procurador-Geral da República

O presidente Jair Bolsonaro indicou na quinta-feira, 5, ao cargo de procurador-geral da República o subprocurador-geral da República Augusto Aras, cujo nome precisará ser aprovado pelo Senado. Aras substituirá Raquel Dodge, cujo mandato acaba no dia 17 de setembro. Como o prazo para a tramitação no Senado é curto, o mais provável é que haja um período de transição entre Dodge e o novo indicado.

Nos últimos meses, Aras se reuniu com Bolsonaro seis vezes, fora da agenda do presidente. A escolha do subprocurador também expõe mais uma vez o desprestígio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que foi escanteado das discussões sobre o sucessor de Raquel Dodge. A escolha de Augusto Aras foi criticada por dois nomes que integraram a lista tríplice da ANPR.

“Dia melancólico para o MPF. A indicação fora da lista do novo PGR representa um retrocesso de décadas para a instituição”, escreveu no Twitter o subprocurador Mário Bonsaglia, que encabeçou a lista. Para o procurador regional Blal Dalloul, terceiro colocado, Aras é uma “caixa-preta”.

“Não conhecemos suas ideias, projetos, não sabemos o que ele pensa dos graves problemas enfrentados. Em momento algum ele se dispôs a dialogar com a carreira tema algum que exigem unidade e estratégia de ações. É um retrocesso de décadas no Ministério Público Federal”, disse Blal.

Ao indicar Augusto Aras, Bolsonaro quebra uma tradição de 16 anos segundo a qual o procurador-geral é escolhido a partir de lista tríplice da ANPR, formulada em votação entre procuradores. A previsão de escolher um nome na lista, porém, não consta na Constituição Federal.

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