Da Redação – A chefe de campanha de Maria Corina Machado, líder da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, foi presa na noite dessa terça-feira (6). A prisão de María Oropeza foi citada por María Corina na rede social X e confirmada pelo Comitê de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela. María Oropeza chefiava a repartição do Comando Nacional de Campanha da oposição no estado de Portuguesa.
O vídeo que mostra o momento da invasão ao local onde estaria Oropeza foi divulgado pelo Comitê de Direitos Humanos do Vente Venezuela. O partido alega que o imóvel foi invadido à força e sem ordem judicial.
.🚨 #Urgente | Funcionarios de la DGCIM, detuvieron a María Oropeza, jefe del comando de campaña ConVzla en Portuguesa.
Ingresaron a la fuerza y sin orden judicial.
Alertamos a la comunidad internacional de esta situación. El régimen es responsable de su integridad física. pic.twitter.com/lIi0pwSlyg
— DDHH Vente Venezuela (@VenteDDHH) August 7, 2024
Esta não é a primeira prisão feita pelo governo do presidente Nicolás Maduro. Na última semana, ele afirmou ter prendido mais de 1, 2 mil pessoas após os protestos que tomaram o país depois da eleição venezuelana em 28 de julho. Maduro também prometeu capturar outras mil pessoas.
Apenas três dias após a eleição na Venezuela, Maduro disse que María Corina e Edmundo González, que se autoproclamou presidente do país, deveriam “estar atrás das grades” e afirmou que “a justiça chegará para eles”. Ao menos 24 pessoas morreram nos protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela.
A líder da oposição, María Corina Machado, denunciou uma “campanha de terror do governo”. Ela convocou uma vigília “pela liberdade dos presos políticos” para esta quinta-feira (8).
O governo brasileiro avalia as possíveis ações diplomáticas para promover o diálogo entre Nicolás Maduro e a oposição, representada pelo candidato Edmundo González e pela ex-deputada María Corina Machado.
Entre as iniciativas em estudo estão uma ligação envolvendo o presidente Luiz Ignácio Lula da Silva e os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador, ou uma viagem dos chanceleres dos três países a Caracas. Os três líderes exigem a divulgação das atas das urnas.