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SOS da Vida – Paz interior III

Por: Eliana Pereira Ignacio – Olá, meus caros leitores hoje venho encerrar nossa mini serie sobre paz interior, trago alguns tópicos para reflexão:

1) Cada um é cada um Digamos sempre que temos valor e que cada um é responsável por suas escolhas. Somente assim cada um amadurece, fazendo suas próprias escolhas e aprendendo com elas.
A paz é compreender que há diferentes estágios de escolhas, escolher o caminho pacífico e ensinar esse caminho. Quando avaliamos bem, vemos que há espaço para muita gente no mundo e aquele vizinho esquisito não parece mais incomodar tanto. Ele também está no seu estágio de escolhas.

Quando vamos nos lembrando dessas frases interiores, ainda que em trechos esparsos pelo dia, vamos nos acostumando a um fluxo de energia psíquica que não nos aflige, mas que é inteligente e nos orienta.

2) Perdoe e se perdoe Nesse sentido da compreensão é que está o perdão. Perdoar não é aceitar ou conviver com o erro, dar aval ao erro, mas perceber que esse organismo Terra está em evolução e se colocar em marcha para isso, abolindo a violência contra o próximo e contra nós mesmos.

Como os antigos animais que evoluíram, assim também é o homem. O homem do futuro será provavelmente um alguém com escolhas menos violentas ou mais pacíficas. Devemos também praticar o auto perdão.

Lembremo-nos de quando éramos crianças e falávamos como tal. A cada fase da vida vamos percebendo uma mudança no sentido da maturidade. Quando avaliarmos uma nova escolha peguemos uma foto nossa de quando crianças e perguntemos: “será que eu faria isso a esta criança?” Saber atingir esse estágio é um caminho para a paz.

3) Ame a criança Sem amar a(s) criança(s) não haverá paz. Certamente que para haver paz não vamos mais castigar a criança por ela não ter dado o melhor resultado possível, por ter falhado ou não ter dito palavras bonitas. Castigar não é ensinar. Assim é que podemos nos enxergar, não devemos nos castigar por não sermos o que desejamos.

Assim também é com o próximo, sempre vai haver uma parte de nós ou no próximo que tem dificuldade ou que ainda não sabe das coisas.

4) Que tal abolir pensamentos negativos e repetitivos? Não apenas podemos nos dizer frases de afirmação positiva para conseguirmos sustentar a paz, como também abolir as que não levam à paz como: “por que eu fiz isso?”.
Quando avaliamos racionalmente o que fizemos podemos perceber que em grande parte dos casos não poderíamos ter feito algo sem sabermos antes o que fazer. Muitas vezes fomos criados de formas pouco pacífi cas e levamos este padrão pela vida.

Assim, não podemos mudar o que recebemos quando crianças, mas podemos avaliar melhor o que foi recebido, reformulando sempre nossas estruturas para a paz.

A paz não é uma nave espacial a nos colocar imediatamente numa melhor posição, mas uma construção sobre nossa inclinação a entendermos o que é paz interior. Isso se dá quando abolimos a violência das nossas escolhas diárias, quando deixamos de acreditar em sofrimento.

5) Viva sem culpa para ter mais paz interior Podemos interpretar a paz imaginando o que seria tentar curar uma ferida enquanto ela é aberta todos os dias. Para ter paz é preciso haver equilíbrio e para haver equilíbrio é preciso ter paz.

O prazer com o sofrimento, em abrir uma ferida no outro ou em nós, geralmente não leva a isso. Podemos imaginar que abolir as culpas é um caminho para a paz. A culpa fere, enquanto procurar contornar um resultado negativo nos enche de esperança. Podemos investir mais em conscientização que em culpas.

6) Seja grato Quando observamos a natureza acalmamos nossos pensamentos, percebemos um pouco do equilíbrio fi no que envolve a vida. A cada grão num prato de comida podemos seguir um caminho, que levará a centenas de pessoas num espaço considerável de tempo que semearam, colheram, transportaram e prepararam o que recebemos.

Quando nos indignamos com algo, podemos nos lembrar disso. A cada um que nos decepciona, há centenas que não, que estiveram lá e ainda vão estar incluindo nós mesmos.

Cultivar a gratidão, é, portanto, um caminho para a paz, por nos levar a um sentido empático e lógico da vida.
Saber dar valor ao que leva a um bom resultado, procurando não perder muita energia psíquica com o equívoco, é uma estratégia para a paz.

Desejo a todos Paz interior, até a próxima semana!!! Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá.

Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:2


Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jornaldossportsusa.com

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