Por: Edel Holz – E o Caetano, minha gente? Sempre foi um bom vivant. Gosta de tudo do bom e do melhor e sexo para ele é sagrado. Casado com MacNamara desde mil novecentos e bolinha, depois de umas três ou quatro latinhas de cerveja, deu aquela vontade de comer a mulher mas ele sabia que seu xilinguin não ia subir de livre e espontânea vontade e então ele resolveu que subisse de livre e espontânea pressão! Tomou o comprimido receitado pelo Dr Romeu e na hora H, foi ficando vermelho, suando frio, teve taquicardia e a MacNamara encima dele, dizia: ou bem… que que oce tem?
Ele queria pedir pra ela sair de cima dele mas não saía uma palavra. Ele ia mudando de cor como um camaleão.
Ela disse: ce tá tendo um ataque cardíaco, bem?
Ele gesticulava mas não dizia nada. Ela pegou um roupão, botou a calcinha e ele foi ficando roxo. Daí ela começou a gritar por socorro e os filhos apareceram no quarto, tapando os olhos ao verem o pai pelado.
A mãe gritou: Chamem a ambulância que seu pai tá morrendo!
E nesse momento ele balbuciou: Tomei Viagra!
Pois MacNamara esbravejou: por que bem? Sei de uma penca de homem que morreu por causa do Viagra!
Ele disse: Não fala isso que sou sugestionado!
MacNamara completou: Vaso ruim não quebra!
Caetano falou baixinho, entre os dentes: só pra te ver feliz, meu bem! Só pra te ver feliz!
Caiu duro no chão até acordar no outro dia no hospital cansado de ouvir a bronca da mulher, gritou: chega de reclamação! Tomei Viagra pra te fazer feliz como nos velhos tempos se não deu certa paciência!
Ela olhou pra ele e disse: presta atenção no que vou te dizer: Eu quero você vivo! Se seu xilinguin não subir, eu tenho meus meios de sentir prazer, mas sem você amor, eu não posso viver!
Depois de um beijo apaixonado adivinhem o que? O xilinguin do Caetano subiu!
SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos as boas vinda à poderosa e de mente efervescente Edel.