EUA

Contaminação por covid-19 explode e EUA registram recorde de mortes

Com os casos de covid-19 ultrapassando o pico registrado em abril, e com cerca de 3,2 mil mortos apenas na quarta-feira, 2, os EUA estão enfrentando o momento mais difícil da história da saúde pública no país, na opinião de alguns especialistas. O número de mortos registrado na quarta-feira é o maior desde o início da pandemia.

Nem mesmo a letalidade registrada no mês de abril, quando o país se tornou o epicentro da covid-19, uma quantidade tão grande de mortos foi relatada em 24 horas. A maior quantidade de mortos, até então, havia sido registrada em 15 de abril, quando 2.752 pessoas perderam a vida em decorrência da doença.

Mas não é apenas o número de mortos que aumentou. As hospitalizações também atingiram o maior patamar histórico nesta semana, com mais de 100 mil pessoas sendo internadas com covid-19 ou complicações decorrentes da doença – o que é mais que o dobro do número de internações contabilizado no começo de novembro.

Apesar das semelhanças com o cenário visto em abril, especialistas apontam que algumas diferenças tornam o momento atual mais perigoso do que a primeira onda. Antes, os casos estavam concentrados em New York e em New England. Agora, o vírus já se espalhou por todo o país. Além disso, o pior momento da pandemia até então, registrado em abril, foi seguido por uma redução acentuada do número de mortos à medida que o isolamento social foi sendo adotado nos Estados.

Atualmente, contudo, locais públicos foram reabertos – pelo menos parcialmente – e as pessoas estão se preparando para comemorar as festas de Natal e ano-novo. Portanto, embora a quantidade de óbitos diários parecesse cair nos dias após o feriado de Thanksgiving, por exemplo, isso provavelmente significava que aqueles que faziam a contagem tinham folga, não que menos pessoas estivessem morrendo.

O pico de 15 de abril incluiu mortes anunciadas naquele dia, bem como mortes prováveis na cidade de Nova York, que mais tarde foram relatadas como tendo ocorrido naquele dia. Embora os casos de coronavírus tenham explodido recentemente, com novas infecções chegando a 1 milhão por semana, uma proporção muito menor de pessoas que contraem o vírus atualmente está morrendo por causa dele. Dados nacionais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças mostram que a proporção de casos que resultaram em morte caiu de 6,7% em abril para 1,9% em setembro.

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