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EUA avaliam deixar diplomatas deixarem China por conta de regras duras contra Covid

REUTERS – O Departamento de Estado dos Estados Unidos considera autorizar saídas de diplomatas norte-americanos e de suas famílias da China, caso desejem deixar o país por conta da incapacidade do governo dos EUA em impedir que as autoridades chinesas os submetam a medidas intrusivas de controle da pandemia, informaram fontes à Reuters.

Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram que a embaixada norte-americana havia enviado na segunda-feira um aviso de desconexão formal a Washington, enquanto a China intensifica os protocolos de contenção da Covid-19 antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que acontecem em menos de duas semanas.

As fontes, que falaram à Reuters em condição de anonimato por conta da sensibilidade da questão, acrescentaram que alguns funcionários da embaixada estão chateados pois o governo norte-americano não está disposto, ou não é capaz, de tornar as autoridades norte-americanas isentas das medidas rígidas de quarentena.

As regras incluem possíveis internações forçadas em clínicas de Covid, com a separação de crianças.

O Departamento de Estado dos EUA disse à Reuters em nota na terça-feira que o status operacional em sua embaixada e consulados na China não havia mudado.

“Qualquer mudança em status de operação desta natureza seria fundamentada apenas na saúde e segurança dos nossos colegas e de seus membros familiares”, afirmou um porta-voz do departamento.

Em Pequim, um porta-voz do ministério disse que as medidas chinesas de combate à pandemia eram científicas e em conformidade com tratados diplomáticos.

Deixar a China pode aumentar as chances de infecção, afirmou o porta-voz, Zhao Lijian, em um briefing diário à imprensa.

Uma pessoa disse que a embaixada norte-americana conduziu uma pesquisa interna, que mostrou que 25% dos funcionários e membros familiares escolheriam deixar a China assim que possível.

A quarentena em casa para os diplomatas deveria ser uma requisição básica, e as admissões em clínicas chinesas e hospitais deveriam ser voluntárias, disse a fonte, acrescentando que o governo norte-americano deveria impor medidas de retaliação para tais requisições, mas não as tomou.

Uma segunda fonte disse que a liderança da embaixada fracassou em conseguir as garantias apropriadas da China sobre o tratamento de diplomatas norte-americanos durante a pandemia.

Nos primeiros meses da pandemia, o governo norte-americano retirou cerca de 1.300 diplomatas norte-americanos e seus familiares da China, e os dois governos permaneceram em um impasse por meses por conta de procedimentos de testes e quarentena para autoridades.

A China exige que diplomatas estrangeiros cumpram as regras de controle da pandemia, como quarentenas e testagens na chegada ao país, embora alguns enviados estrangeiros não tenham tido que entrar em hotéis designados pelo governo para quarentenas.

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