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Ex-auxiliar acusa o parlamentar George Santos (Rep. NY) de assédio sexual

Da Redação – Derek Meyers, que trabalhou brevemente no escritório do deputado norte-americano George Santos, enviou uma carta ao Comitê de Ética da Câmara e à Polícia do Capitólio acusando o ex-chefe de assédio sexual, segundo reportagem do jornal The News York Times.

Meyers trabalhou uma semana em janeiro passado como voluntário no gabinete do parlamentar, que é filho de brasileiros, enquanto esperava para ser efetivado no cargo, o que não aconteceu.

A denúncia
Myers disse na carta que estava sozinho com Santos em seu escritório no dia 25 de janeiro quando o congressista lhe teria perguntado se ele tinha um perfil no Grindr, um aplicativo de relacionamentos. Após a negativa, Santos teria tocado sua perna e o convidado para um karaokê.

“Enquanto estava em seu escritório pessoal revisando a correspondência, ele me chamou de ‘amigo’ e insistiu que eu sentasse ao lado dele em um pequeno sofá”, afirmou Meyers na carta, segundo o site da revista Newsweek. Continuei com a discussão sobre a correspondência, mas o congressista me interrompeu colocando a mão na minha perna esquerda, perto do meu joelho, e disse: ‘Ei amigo, vamos ao karaokê hoje à noite?

“São ofensas graves e as evidências e os fatos falarão por si se o comitê abordar o assunto”, escreveu o ex-assessor no Twitter.

Uma porta-voz da deputada Susan Wild, que é membro do Comitê de Ética da Câmara, confirmou que Myers entregou uma carta em seu escritório.

Procurada pelo jornal norte-americano, a assessoria de Santos não respondeu aos pedidos de resposta, e seu advogado se recusou a comentar as alegações de Myers.

Tom Rust, conselheiro-chefe do Comitê de Ética, também não comentou o caso, enquanto a Polícia do Capitólio não respondeu.

As mentiras de Santos
Santos é objeto de inúmeras investigações sobre seus negócios e finanças de campanha, além de ser pego mentindo mais de uma vez.

O deputado, que já reconheceu ter “enfeitado” seu currículo, é acusado de enviar e-mails a apoiadores oferecendo visitas ao Congresso em troca de “doações” de até US$ 500 —o que é proibido pelas regras da Casa.

Na primeira vez em que recua após as denúncias, Santos afirmou esta semana que renunciará à participação em comitês legislativos.

No Brasil, o Ministério Público do Rio de Janeiro reabriu um processo por estelionato que estava suspenso porque as autoridades não sabiam do paradeiro de George Santos.

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