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Homem que atacou sinagoga no Texas passou ‘dois anos orando’ para morrer como mártir

AFP – O britânico morto a tiros pela polícia durante uma tomada de reféns em uma sinagoga do Texas disse a seu irmão que estava orando há “dois anos” para morrer como mártir, de acordo com uma conversa reproduzida nesta quinta-feira (20) pelo jornal The Jewish Chronicle.

A polícia antiterrorista do noroeste de Inglaterra anunciou no mesmo dia que tinha detido dois homens em Birmingham, no centro de Inglaterra, e Manchester, no norte, no âmbito desta investigação, que suscitou críticas pela incapacidade dos serviços antiterroristas britânicos de impedir que Malik Faisal Akram agisse.

Este britânico de 44 anos foi apontado como o autor do sequestro no sábado passado em uma sinagoga em Colleyville, uma cidade americana de cerca de 23.000 habitantes localizada a cerca de 40 quilômetros de Dallas.

Ele foi morto durante a intervenção policial e os quatro reféns foram libertados ilesos.

Uma gravação de áudio postada online pelo The Jewish Chronicle, obtida de uma fonte de segurança, revela a tensa conversa entre Malik Faisal Akram e seu irmão Gulbar, que tentava convencê-lo a encerrar a tomada de reféns e se entregar.

Mas o agressor garante a ele a sua intenção de morrer como mártir. “Eu tenho orado a Alá por isso há dois anos”, diz ele. “Prefiro viver um dia como leão do que cem anos como chacal”, acrescenta.

Na conversa, Malik Faisal Akram também se refere à “doutora Aafia”, uma cientista paquistanesa condenada em 2010 por um tribunal federal de Nova York a 86 anos de prisão por tentar atirar em militares americanos quando estava detida no Afeganistão. Segundo a imprensa americana, o britânico exigiu a libertação de Aafia Siddiqui durante a tomada de reféns.

Por sua vez, o jornal britânico The Times noticiou nesta quinta-feira que Akram havia sido apontado duas vezes, em 2016 e 2019, para integrar o programa British Prevent, que trabalha com pessoas em risco de radicalização, mas seu caso não foi examinado pela seção que trata dos casos mais graves.

Em 2020, Akram foi investigado pelo serviço de inteligência britânico MI5, que concluiu que ele não representava uma ameaça, segundo a imprensa. Seu irmão disse na segunda-feira que Malik “sofria de problemas psicológicos”. Ele assegurou que sua família estava “devastada” e que “não aprovava nenhuma de suas ações”.

Segundo o canal Sky News, Akram, morador de Blackburn, no norte da Inglaterra, chegou aos Estados Unidos pouco antes do réveillon pelo aeroporto JFK de Nova York, antes de comprar a arma usada na tomada de reféns.

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