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Morre, aos 73 anos, Issei Sagawa, o canibal japonês que comeu uma estudante holandesa em Paris

AP – Issei Sagawa, famoso como “canibal de Kobe” por comer uma estudante holandesa em Paris após matá-la, morreu mais de 40 anos depois do crime que chocou o país e fez do assassino um fenômeno midiático.

Sagawa morreu de pneumonia em 24 de novembro, aos 73 anos, e apenas seus parentes compareceram ao funeral, afirmaram seu irmão mais novo e um amigo, em um comunicado.

A nota foi publicada pela editora que publicou suas memórias em 2019, escritas pelo irmão de Sagawa.

Issei Sagawa, conhecido como ‘canibal de Kobe’, é escoltado após interrogatório em junho de 1981 – Dominique Faget – 17.jun.1981/AFP

Issei era aluno da Universidade Sorbonne, em Paris, quando, em 11 de junho de 1981, convidou Renee Hartevelt para jantar em sua casa. No local, ele a matou com um tiro na nuca e a estuprou.

Depois, esquartejou-a e comeu partes do corpo dela por três dias. Ele tirou muitas fotos do crime.

Mais tarde, tentou se desfazer dos restos mortais em duas malas abandonadas no parque Bois de Boulogne, nos arredores de Paris.

Alguns dias depois, ele foi localizado e preso, graças a um apelo da polícia por ajuda de testemunhas. “Comer essa menina foi uma expressão de amor. Queria sentir dentro de mim a existência de uma pessoa que amo”, confessou ele após a prisão.

Sagawa não escondeu o crime e se beneficiou de sua fama, com um livro de memórias chamado “In the Fog” (na névoa), no qual descreveu o assassinato em detalhes. Ele também contou sua obsessão pelo canibalismo em várias entrevistas e em um documentário de 2017 chamadoCaniba“.

Especialistas em psiquiatria consideraram que ele tinha uma doença mental. Por isso, não foi levado a julgamento. O assassino passou um tempo em uma instituição na França e depois foi deportado para o Japão, onde foi libertado em agosto de 1985. Autoridades japonesas nunca conseguiram recuperar os arquivos de seus pares judiciais franceses, que consideraram o caso encerrado. Então, Sagawa ficou livre.

Sua transferência para o Japão provocou indignação da família da vítima, que prometeu pressionar a opinião pública para que “o assassino nunca fosse libertado”.

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