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Acusado de ato indecente contra criança, brasileiro é absolvido

Jehozadak Pereira

No dia 4 de julho do ano passado, o brasileiro Aderlande Sores viveu o pior pesadelo da sua vida, ao ser preso pela polícia de Ashland e acusado de ter cometido um ato indecente e inapropriado contra uma menina de quatro anos, enquanto nadava no Ashland State Park, em Ashland, Massachusetts.

Mesmo negando veementemente ter cometido qualquer ato contra a criança, Aderlande ficou cinco dias preso e foi solto depois de pagar uma fiança de US$ 1,5 mil e uma audiência foi marcada para o dia 3 de setembro. “Uma pessoa que teria testemunhado o ocorrido, não me reconheceu e negou que eu tivesse molestado a criança”, disse Aderlande para a reportagem do blog.

De acordo com o brasileiro que é de Governador Valadares e mora nos Estados Unidos há 18 anos, uma nova audiência foi marcada para o dia 5 de novembro. Porém, uma operação da Imigração deteve em 23 de setembro, 67 pessoas, e entre elas estava Aderlande Soares que ficou detido sob custódia da Imigração por quase dois meses.

“Meu advogado criminalista disse que conseguiria me tirar dali se eu fosse absolvido, e confiando em Deus, e na Justiça, tinha a certeza da minha inocência’, continua. Na audiência do dia 5 de novembro na Corte Distrital de Framingham, sete policiais de Ashland testemunharam contra Aderlande, mesmo não tendo presenciado a ocorrência e outras duas testemunhas entraram em contradição nos seus depoimentos em juízo.

“A juíza do caso, me absolveu e mandou arquivar o caso, me isentando de qualquer crime”, disse Aderlande. Porém, havia ainda pendente o caso imigratório, já que ele havia sido detido por causa do seu indiciamento que fora anulado e na audiência do dia 13 de novembro, foi determinado que ele deveria ser solto mediante o pagamento de uma fiança de US$ 10 mil, que não deveria usar GPS e que poderia aplicar para a sua legalização.

“Graças a Deus, eu provei na Justiça que não havia cometido qualquer crime, e que jamais me envolvi em qualquer problema desde que moro aqui. Depois de ter sido inocentado e libertado pela Imigração, eu só conseguia chorar e agradecer a Deus e aos meus advogados, por poder estar com a minha família novamente”, finaliza Aderlande que gastou cerca de US$ 30 mil com honorários e fiança.

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