Da Redação – Um grupo de migrantes da América Central e do Sul que estão acampados em Puebla, no centro do México, apelou à presidente do México, Claudia Sheinbaum, que tomou posse nessa segunda-feira, 30, para que ela forneça passagem livre e segura até a fronteira dos Estados Unidos onde pretendem pedir asilo.
Os migrantes vindos do Equador, Venezuela, Panamá, Honduras e Guatemala, caminharam por até dois meses numa caravana que saiu de Tapachula, na fronteira da Guatemala no sul do México, e ao passarem pelo estado mexicano Puebla, na região central do pais, eles tiveram dificuldade de continuar rumo aos Estados Unidos a devido às intensas chuvas que caíram na região na semana passada e tiveram que se refugiar em um armazém abandonado que se transformaram em abrigo, lá eles repousam antes de continuarem a caminhada.
De acordo com a imprensa local, esse migrantes relataram que estão retidos no local porque as autoridades mexicanas não os deixam avançar.
M. Soares, um migrante venezuelana, disse a agencia à EFE de noticias que cruzou a pé o perigoso Estreito de Darien no Panamá, depois que a esposa morreu de diabetes uma vez que na Venezuela o acesso a medicamentos tornou-se incessível a maioria a população. A desilusão com o atual governo venezuelano foi, segundo ele, o principal motivo para buscar “uma possiblidade de um futuro melhor” para ele e seu filho de cinco anos que o acompanha nesta longa jornada e perigosa jornada.
O migrante venezuelano pediu a Claudia Sheinbaum que modificasse o tratamento dado ao migrantes pelo Instituto Nacional de Migrações (INM). “Ela sabe, ela conhece a situação de cada país, somos todos migrantes mexicanos, equatorianos, peruanos, venezuelanos, colombianos, dominicanos, cubanos, somos todos migrantes nos Estados Unidos, o que eu poderia dizer à ela é que tenha um pouco mais de humanidade”, disse.
Um outro migrante de Honduras, que não quis de identificar, viaja sozinho e procura chegar aos EUA em busca de trabalho para obter recursos para sua família.
Ele espera que o novo presidente do México poderá ajudar migrantes como ele porque acredita que uma mulher teria mais sensibilidade diante do sofrimento dos outros. “Esse novo presidente parece ser uma boa pessoa, de família humilde e poderia nos ajudar”, disse o hondurenho a agencia EFE. Ele disse que o motivo que leva as pessoas a migrarem é porque suas nações não estão bem. “Queremos chegar aos EUA, tudo o que queremos é passar, não viemos incomodar ninguém, o que queremos é chegar lá e ajudar a nossa família, nossos filhos e o que queremos é que Deus nos abençoe”, concluiu.