EUA

Novo pedido de liberdade condicional para assassino de Robert F. Kennedy é negado

AFP – O novo pedido de liberdade condicional de Sirhan Sirhan, condenado em 1969 pelo assassinato de Robert F. Kennedy, foi negado pela justiça da Califórnia nesta quarta-feira (1º).

Sirhan, de 78 anos, está há mais de meio século atrás das grades pela morte do senador, irmão mais novo do também assassinado presidente John F. Kennedy.

Sirhan foi condenado à morte pelo crime, mas sua sentença foi alterada em 1972 para prisão perpétua, depois que a pena capital foi declarada inconstitucional pela Suprema Corte da Califórnia.

Em sua décima quinta tentativa de pedir liberdade condicional, em agosto de 2021, pela primeira vez a Procuradoria de Los Angeles não se opôs ao pedido.

A decisão dependia do aval do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que se opôs a ela.

“Depois de décadas na prisão, ele não conseguiu resolver as deficiências que o levaram a assassinar o senador Kennedy”, disse o governador na época.

Robert F. Kennedy foi baleado em 5 de junho de 1968 no Ambassador Hotel em Los Angeles, após fazer um discurso por sua vitória nas primárias do Partido Democrata da Califórnia, a caminho da corrida presidencial. O então senador faleceu no dia seguinte, aos 42 anos.
Sirhan, natural de Jerusalém, cidadão jordaniano, e residente nos Estados Unidos desde 1956, foi condenado pelo crime. Aos 24 anos, ele confessou o assassinato no tribunal, mas disse não se lembrar de como aconteceu.

Ele foi capturado no local do crime, ainda com a arma em punho, porém por anos surgiram rumores de que haveria um segundo assassino.

Paul Schrade, que estava com “Bobby” Kennedy durante o assassinato e foi ferido, é um dos que apoiam essa hipótese.

Robert F. Kennedy Jr., um dos onze filhos do falecido senador, também manifestou dúvidas no passado sobre a autoria do crime.

A controvérsia sobre o caso começou no julgamento de Sirhan, quando os promotores produziram um relatório de autópsia mostrando que Kennedy foi baleado pelas costas. Sirhan estava na frente do senador.

Em 2013, um juiz americano que rejeitou um dos recursos de Sirhan desconsiderou o relato, dizendo que a direção da bala poderia ser explicada pelo “caos” no local e que Kennedy pode ter virado a cabeça durante o tiroteio.

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