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O Impacto das Redes Sociais na Saúde Mental: Uma Perspectiva Psicológica Atual

Por: Eliana Pereira Ignacio – Olá meus caros leitores, hoje trago um assunto polêmico, que está se tornando repetitivo, mas necessário falar sobre ele o uso indevido das rede sociais e seus efeitos.

Nos últimos anos, o avanço das redes sociais transformou profundamente a forma como nos comunicamos, interagimos e vivenciamos o mundo. Plataformas como Instagram, TikTok, Facebook e Twitter ocupam um espaço central na vida cotidiana de milhões de pessoas, especialmente entre jovens.

Contudo, com essa expansão, emergiu uma crescente preocupação com o impacto dessas redes na saúde mental. A psicologia, como ciência, tem analisado os efeitos dessas interações digitais no bem-estar emocional e cognitivo, explorando tanto os aspectos positivos quanto os riscos associados.

O FASCÍNIO DAS REDES SOCIAIS E O REFORÇO POSITIVO

As redes sociais são projetadas para captar e manter a atenção dos usuários. O design das plataformas utiliza técnicas de psicologia comportamental, como o reforço positivo, onde o feedback imediato – sob a forma de curtidas, compartilhamentos e comentários – reforça a atividade do usuário.

Esse reforço contínuo pode gerar uma sensação de validação e pertencimento social, uma necessidade fundamental do ser humano. Essa dinâmica de recompensas instantâneas estimula o sistema de dopamina no cérebro, criando uma sensação prazerosa que leva o usuário a buscar mais interações online.

Sob essa perspectiva, as redes sociais podem promover uma sensação de conexão social, aliviando sentimentos de isolamento e solidão.

No entanto, essa busca por aprovação também pode gerar consequências negativas para a saúde mental, especialmente quando o reconhecimento social não é alcançado.

COMPARAÇÃO SOCIAL E AUTOIMAGEM

Um dos maiores desa­fios associados às redes sociais é o fenômeno da comparação social. Nas plataformas digitais, os usuários frequentemente compartilham aspectos idealizados de suas vidas, projetando imagens de sucesso, beleza, felicidade e prosperidade.

Essa “vida perfeita” virtual pode levar os outros usuários a comparar suas próprias experiências e aparências com esses padrões irreais. De acordo com a teoria da comparação social, proposta por Leon Festinger em 1954, as pessoas avaliam seu valor e habilidades em relação a outras pessoas. Em ambientes onde a comparação é constante e unilateral, pode-se gerar sentimentos de inadequação, inveja e baixa autoestima.

Estudos recentes indicam que o uso excessivo de redes sociais está correlacionado com o aumento de problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e distúrbios de imagem corporal. Jovens, em particular, parecem ser mais vulneráveis a essas comparações, especialmente em plataformas visuais como Instagram, onde as imagens estão no centro das interações.

A exposição contínua a corpos idealizados, estilos de vida luxuosos e momentos de felicidade pode exacerbar a insatisfação com a própria vida e aparência, levando ao desenvolvimento de transtornos como a dismor­fia corporal.

O CICLO DE ANSIEDADE E FOMO

Outro efeito negativo amplamente estudado é o chamado Fear of Missing Out (FOMO), ou medo de estar perdendo algo. Esse fenômeno descreve a ansiedade que as pessoas sentem ao perceber que outras estão desfrutando de experiências sociais das quais elas não participam.

FOMO tem sido associado a sentimentos de desconexão, insegurança e estresse, exacerbando o uso compulsivo das redes sociais na tentativa de se manter atualizado sobre o que os outros estão fazendo.

Pessoas que sofrem de FOMO frequentemente revisitam suas redes sociais em busca de atualizações e interações, o que pode criar um ciclo vicioso de ansiedade e dependência digital. Essa hiper conectividade constante tem sido vinculada a distúrbios do sono, pois muitos usuários checam suas redes até altas horas da noite, comprometendo a qualidade do sono e agravando problemas emocionais e cognitivos.

EFEITOS POSITIVOS: APOIO SOCIAL E MOBILIZAÇÃO
Embora grande parte das discussões sobre o impacto das redes sociais na saúde mental tenha se concentrado nos aspectos negativos, é importante reconhecer também os benefícios potenciais dessas plataformas. Para muitas pessoas, especialmente aquelas que enfrentam isolamento físico ou di­culdades emocionais, as redes sociais podem ser uma fonte crucial de apoio social.

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2:”

Até a próxima semana!!!


Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jornaldossportsusa.com

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