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Papa diz que violência contra a mulher é fruto da opressão patriarcal

Da Redação – O Papa Francisco culpa “uma cultura de opressão patriarcal e machista” pela violência contra as mulheres, destacando as lacunas que ainda existem na igualdade de gênero, no prefácio de um livro divulgado nesta quarta-feira (8), o dia internacional da mulher.

As afirmações do pontífice estão no prefácio do livro “Mais liderança feminina para um mundo melhor: o cuidado como motor da nossa casa comum”, editado por Anna Maria Tarantola, ex-diretora do Banco de Itália e atual presidente da Fundação Centesimus Annus pro Pontifice.

No volume publicado em Itália, e cujo conteúdo foi divulgado dessa quarta-feira pelo portal Vatican News, o Papa afirma que “o mundo será melhor se houver igualdade na diversidade entre homens e mulheres”, enfatizando que a igualdade não é a adoção de comportamentos masculinos pelas mulheres.

“Se as mulheres pudessem desfrutar de plena igualdade de oportunidades, poderiam contribuir substancialmente para a mudança necessária rumo a um mundo de paz, inclusão, solidariedade e sustentabilidade integral”, destacou o chefe da Igreja Católica. O Papa declarou também que “ainda há muito por fazer para a plena emancipação da mulher”.

O papel da mulher na Igreja foi outro ponto realçado pelo pontífice. “O papel da mulher na Igreja vai muito além da funcionalidade. Devemos continuar a trabalhar nisto. Muito mais além”, acrescentou.

Destacando a necessidade de igualdade para um mundo melhor, o Papa Francisco constatou que “o caminho para a afirmação da mulher é recente, acidentado e, infelizmente, não definitivo”.

“A capacidade de cuidar, por exemplo, é sem dúvida uma característica feminina que se deve expressar não só no seio da família, mas igualmente e com êxito na política, nos negócios, no mundo académico e no local de trabalho”, manifestou.

O Papa Francisco concluiu com a constatação de que 130 milhões de meninas no mundo “não vão à escola”. “Não há liberdade, justiça, desenvolvimento integral, democracia e paz sem educação”, acrescentou.

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