Por : José Soares Leite – O Apóstolo Paulo reconheceu o sentido prático de se realizar essa nobre missão em favor da humanidade ao declarar: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e do grego” (Rm 1.16).
Assim, ele realizou suas três viagens missionarias por toda Asia menor, ganhando almas para o Reino e Deus e fundando igreja para glória do Senhor Jesus. Damos a seguir uma síntese do “Pacto de Lausanne”.
- O Propósito de DEUS – Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o missionários ao redor do mundo, para fazer discípulos de todas as nações (Mt 25.19; Jo 20.21; At 15.14;)
- A Autoridade da Bíblia – Como inerrante e infalível Palavra de DEUS, Afirmamos o poder das Escrituras Sagradas para efetuar o propósito de DEUS na salvação do homem (Rm 1.16; 2 Tm 3.16)
- A Universalidade de CRISTO – Afirmamos que só existe um salvador e um só Evangelho, embora haja uma variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização do mundo (Jo 4.42; At 4.12)
- A Natureza da Evangelização – Evangelização em si é a proclamação do CRISTO bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o propósito de persuadir os homens, para que por intermédio Dele se reconciliem com DEUS (At 20.47; 2 Co 5.11, 20)
- A Responsabilidade Social Cristã – “A fé sem obras é morta”, embora a reconciliação do homem com o homem, não signi- que a reconciliação deste com DEUS, nem ação social, evangelização, afirmamos que ambos são parcelas do nosso dever cristão (Gn 1.26- 27; Lc 6.27,35; Tg 2.14-26) 6.
A Igreja e a Evangelização – A Igreja ocupa o ponto central do propósito divino, ela é o instrumento para difusão do evangelho. A evangelização mundial requer que a Igreja toda, leve a todo o mundo, o Evangelho Integral em trabalho mútuo de cooperação (Jo 17.21-23; At 1.8; Gl 6.14; Fp 1.27) 7.
A Urgência Missionária – Com mais de dois terços da humanidade, ainda não e cientemente evangelizada, como Igreja, sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente. Sendo cada geração responsável pela sua geração, esta é a hora da Igreja orar fervorosamente, e lançarem programas visando à evangelização total do mundo (Jo 4.9; Rm 9.1-3; 10.11-16) 8. As Culturas e a
Evangelização – A evangelização mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias novas e criativas, e a cultura de um povo em parte é boa e em outra parte má, devido à Queda, por isso deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras, para que possa ser redimida e transformada para a glória de DEUS (Mc 7.8,9,13; Rm 2.9-11; 2 Co 4.5) 9.
A Educação e a Liderança – Reconhecemos a grande necessidade de melhorar a educação teológica, especialmente em se tratando de líderes de igrejas, existindo em todo povo enorme necessidade de ensino e treinamento para seus pastores e aos leigos nativos (At 14.21 – 24; Tt 1.5,9) 10.
O Conflito Espiritual – Cremos que estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do mal, que buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo, semeiam falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio.
O momento demanda vigilância e discernimento (Jo 17.15; Ef 6.10-20; 2 Co 4.3) 11.
Liberdade e Perseguição – A liberdade de praticar e propagar o cristianismo de acordo com a vontade de DEUS é um direito nosso, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não nos esquecemos de que JESUS nos advertiu de que a perseguição é inevitável, mas nem por isso devemos nos intimidar (Mt 5.10-12; At 4.16.21) 12.
O Poder do ESPÍRITO SANTO – A evangelização mundial só se concretizará com uma Igreja cheia do ESPÍRITO SANTO, sendo Ele quem convence o homem do pecado. O ESPÍRITO SANTO tem um profundo interesse missionário (Jo 7.37-39; At 1.8; 1 Co 2.4,5) 13.
O Retorno de CRISTO – A promessa da segunda vinda de CRISTO representa um incentivo a missões. Cremos que o período intermediário entre sua ascensão e o seu segundo retorno deve ser usado para o cumprimento da nossa missão como Povo de DEUS, a obra missionária não poderá parar enquanto Ele não vier (Mc 13.10; 2 Pe 3.13; Ap 7.9).
Por fim, o Apóstolo Paulo deu um grande conselho, para os crentes, onde ele nos admoesta que sejamos seus imitadores, como também ele foi de cristo (1Co 11.1).
Isso, para quem quer abraçar o episcopado e realizar uma grande obra para Deus (1Tm3.1).
(Síntese do Pacto de Lausanne).
José Soares é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos da Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston.