Por: Eliana Pereira Ignacio – Olá, meus caros leitores, hoje venho falar sobre escolhas, elas consistem num processo mental de pensamento envolvendo o julgamento dos méritos de múltiplas opiniões e a seleção de uma delas para ação. Alguns exemplos simples incluem decidir-se levantar pela manhã ou voltar à dormir, ou escolher um determinado trajeto para uma viagem. Exemplos mais complexos frequentemente decisões que afetam crenças pessoais incluem a escolha de um estilo de vida, filiação religiosa ou posição política.
Em economia e política, os defensores do consumismo e da publicidade costumam associar-se aos patronos da democracia representativa para louvar as virtudes da livre escolha. Na esfera política, as restrições de um sistema bipartidário frequentemente frustram tanto eleitores quanto os políticos caso do Brasil durante a ditadura militar. Urna eletrônica usada em plebiscito, uma escolha que pode mudar os rumos de uma sociedade.
Advogados da livre escolha frequentemente unem as virtudes da escolha com a responsabilidade moral. A escolha na lei pode ser exemplificada através da idade na qual crianças e adolescentes podem fazer escolhas ponderadas e significativas é motivo de discussões em ética e jurisprudência. Neste ponto, um dos temas mais polêmicos no Brasil é o que envolve a maioridade penal.
Já na ótica da psicologia a teoria da escolha advoga que todos podem assumir o controle da própria vida, mesmo que as escolhas anteriores tenham sido absolutamente equivocadas. A maioria das pessoas considera ter escolhas uma boa coisa, embora uma escolha severamente limitada ou artificialmente restrita possa levar ao desconforto com a opção selecionada e possivelmente a um resultado insatisfatório.
No extremo oposto, alternativas ilimitadas podem levar à confusão, remorsos pelas opções não escolhidas e indiferença, numa existência amorfa. No momento da escolha, ou seja, o ato de escolher há uma instância anterior e propiciante, a qual atua como um agente de liberdade, mas na verdade não é o ato de es colher o que leva ser livre. Liberdade é o poder de escolher o que se quer fazer.
Liberdade não é poder fazer tudo o que der na cabeça, isso é irresponsabilidade. Ao fazer uma escolha com certeza surgirão as perdas e neste momento o que fazer? O ser humano não gosta de perder, recusa-se a reconhecer esta perda, ainda que seja mínima com certeza fará a diferença.
As escolhas podem ser: Ajustadas e Desajustadas.
O que difere uma da outra é o grau de conflito experimentado na situação. Na situação desajustada os conflitos não são elaborados e resolvidos, mas controlados e negados. Nesta situação, o sujeito se apresenta sem conflitos frente a escolha. Não toma a consciência das implicações envolvi das no processo, isso é: Não se apropria das consequências. Conhece aquele ditado,”plantou, tem que colher”. Escolheu? Tem que assumir as consequências da escolha feita, sendo boas ou más.
Não dá para ficar esperando por um golpe de sorte do acaso que venha limpar toda a sujeira feita. Que venha juntar todos os cacos estilhaçados de tudo que foi quebrado, em virtude das escolhas impensadas. Se agir com inconsequência e irresponsabilidade, deverá se preparar emocionalmente para um certo caos dramático em sua vida.
Coisas sairão do lugar num estilo meio poltergeist. Não tem muito jeito não. Como diria Sartre, viver é se equilibrar entre escolhas e consequências. E como se sabe, escolher não é nenhuma micareta ou manhã ensolarada de domingo no parque. Escolher é uma das coisas mais complicadas e complexas da vida. É também uma das coisas mais necessárias.
E mesmo que você viva naquela toada “deixa rolar” ao estilo Zeca Pagodinho “Deixa a vida me levar” , você já está escolhendo. Não tem como escapar das consequências. Pode demorar um pouco, levar um tempo, mas elas chegam. Mas não desanime! Pois as consequências boas também aparecem! As pizzas que deixou de comer se reverterão em perda de peso. As noites de estudo, em formação intelectual.
O trabalho dedicado, um dia dará frutos. A sinceridade saudável atrairá junto com os inimigos, amigos para a vida inteira. Amigos ao estilo “Tamo juntos e Vamos nessa!” Enfim, escolher é ter esperança no futuro, mesmo que o presente te decepcione, é semear com sabedoria e colher com paciência.
Em suma escolher é ser um garimpeiro que procura os tesouros do coração.
“Mas no lugar que o SENHOR escolher numa das tuas tribos ali oferecerás os teus holocaustos, e ali farás tudo o que te ordeno”, Deuteronômio – 12:14
Até a próxima Semana!!
Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualifi cações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jornaldossportsusa.com