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Trump mostra sinais de força e lidera nos três estados-pêndulos do Cinturão do Sol, aponta pesquisa

As pesquisas revelaram que os eleitores  estão preocupados nãos só com seu próprio futuro, mas com o futuro da nação, sugerindo que a retórica sombria da campanha de Trump de que “Nosso país está se perdendo, somos uma nação falida”, pode estar repercutindo entre o eleitorado

Da Redação – Os eleitores do chamado Cinturão do Sol — estados do sul dos EUA que, além do clima ensolarado, tiveram um relevante crescimento econômicos nas últimas décadas — afirmam que o candidato republicano Donald Trump melhorou suas vidas quando foi presidente, entre 2017 e 2021, e temem que uma Casa Branca sob comando da democrata Kamala Harris não faça o mesmo. De acordo com as últimas pesquisas do The New York Times e do Siena College, o cenário aponta para uma disputa extremamente competitiva em três estados-chave que integram a região: Arizona, Geórgia e Carolina do Norte.

Segundo as pesquisas, Trump assumiu a liderança no Arizona e continua à frente na Geórgia, dois estados que ele perdeu para o atual presidente, Joe Biden, em 2020. Mas na Carolina do Norte, que não vota em um democrata desde 2008, Kamala está atrás de Trump por apenas uma pequena margem.

As pesquisas nesses três estados, realizadas entre 17 e 21 de setembro, evidenciam que, em uma nação fortemente polarizada, a disputa presidencial deste ano será uma das mais apertadas da História.

Arizona, Geórgia e Carolina do Norte fazem parte da lista de sete estados-pêndulos em que as campanhas de Trump e Kamala têm concentrado seus esforços desde o início da campanha. Kamala demonstrou relativa força em vários estados importantes do Meio-Oeste americano, incluindo o mais importante para suas esperanças de se tornar presidente: a Pensilvânia.

Mas o Arizona, que Biden venceu por pouco mais de 10.400 votos em 2020, agora representa um desafio para a campanha de Kamala. Segundo a pesquisa, Trump está à frente com 50% contra 45%. Uma pesquisa do Times/Siena realizada em agosto mostrou exatamente o contrário: Kamala liderava por cinco pontos percentuais. Os eleitores latinos, em particular, parecem ter se afastado dela, embora um número significativo — 10% — tenha dito que ainda estão indecisos. Trump está se beneficiando da divisão de votos na região: enquanto Kamala aparece atrás, a pesquisa mostra que o candidato democrata ao Senado está à frente.

Na Carolina do Norte, que Trump venceu por menos de 75 mil votos em 2020, o ex-presidente tem uma pequena vantagem sobre Kamala, com 49% dos votos contra 47% dela. A pesquisa foi realizada antes das notícias de que Mark Robinson, candidato republicano a governador do estado, havia feito postagens perturbadoras em um fórum de pornografia, o que alguns republicanos temem que possa prejudicar Trump no estado.

na Geórgia, um estado que Biden venceu por pouco menos de 11.800 votos em 2020, Trump continua a ter uma ligeira vantagem sobre Kamala, 49% a 45%. A margem de erro em cada estado é de quatro a cinco pontos percentuais.

As pesquisas revelaram que os eleitores dessa parte do país estão preocupados com seu próprio futuro e com o futuro da nação, sugerindo que a retórica sombria da campanha de Trump — “Nosso país está se perdendo, somos uma nação falida”, disse ele no debate — pode estar repercutindo entre alguns estratos. Uma pluralidade disse que os problemas da nação eram tão ruins que ela corria o risco de falir. Os republicanos se mostraram muito mais propensos a ter essa visão instável do futuro do que os democratas, 72% contra 16%.

Em uma descoberta surpreendente, quase quatro anos depois de Trump ter sofrido impeachment pela Câmara por “incitação à insurreição” por seu papel no tumulto de 6 de janeiro de 2021, no Capitólio dos EUA, os entrevistados ficaram igualmente divididos sobre a questão de saber se Trump ou Kamala fariam um trabalho melhor ao lidar com a democracia.

Mas, em um sinal de como essas disputas permanecem em aberto, cerca de 15% do eleitorado no Arizona, Geórgia e Carolina do Norte se descreveram como indecisos ou não definitivamente decididos, deixando em aberto a possibilidade de que ainda possam mudar de ideia. Esse grupo de eleitores estava inclinado para Kamala em agosto, mas agora está ligeiramente mais inclinado para Trump.

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