Da Redação – A conselheira da U.S. Homeland Security, Liz Sherwood-Randall, disse nessa segunda-feira, 30, que o numero de mortos pela passagem do furacão Helene pelo sudeste dos Estados Unidos podem chegar a 600 pessoas. “Parece que 600 vidas foram perdidas”, disse aos repórteres. “Sabemos que há 600 que estão desaparecidas”. As informações são agencias AFP de noticias.
O furacão Helene atingiu a Flórida e seguiu para o norte do país em direção à Geórgia, Carolina do Norte e do Sul e Tennessee. A maioria das mortes foi confirmada nas Carolinas do Norte e do Sul, onde o Helene chegou como uma tempestade tropical.
Na noite de domingo, autoridades da Carolina do Norte disseram que 30 pessoas haviam morrido apenas no condado de Buncombe. Equipes de socorro têm trabalhado em um estado que se encontra sem energia e com serviços de telefonia móvel limitados, além de outros danos “significativos” às infraestruturas de abastecimento de águas e rotas essenciais, com árvores derrubadas. O processo de recuperação deverá ser “complicado” em todos os estados afetados, afirmou Deanne Criswell, administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), à CBS.
“Essa tempestade causou uma devastação catastrófica, de proporções históricas”, disse o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, acrescentando que os socorristas foram obrigados a enviar suprimentos por via aérea em algumas regiões do estado.
O Helene atingiu a região de Big Bend, na Flórida, como um furacão de categoria 4 (em uma escala de 5) na noite de quinta-feira, com ventos de 225 km/h. De lá, ele chegou rapidamente à Geórgia, onde o governador Brian Kemp disse que casas foram destruídas e rodovias ficaram cobertas por destroços. Enfraquecido e rebaixado à categoria de depressão tropical e ciclone pós-tropical, ele também atingiu as Carolinas (do Sul e do Norte) e o Tennessee com chuvas torrenciais.
Impacto nas eleições
O furacão se tornou um tema importante na campanha eleitoral nesta segunda-feira, obrigando os democratas a repudiarem as acusações sobre a gestão da catástrofe. Diante das duras críticas do candidato republicano Donald Trump, o governo do presidente Joe Biden aprovou ajuda federal para vários estados após o desastre e prometeu, nesta segunda, que a assistência durará “todo o tempo que for necessário”.
“Continuaremos enviando recursos, incluindo alimentos, água, comunicações e equipamentos salva-vidas”, disse Biden nesta segunda-feira.
Biden também deverá visitar esta semana as áreas mais afetadas, anunciou a Casa Branca. No domingo, o democrata conversou com os governadores da Geórgia e Carolina do Norte e com a direção do Fema para “determinar o que mais pode ser feito”.
A candidata democrata à Presidência, a vice-presidente Kamala Harris também anunciou planos para visitar as áreas, algumas delas em estados-pêndulo, que ora votam em democratas ora em republicanos para as eleições de novembro.
O candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, chegou nesta segunda-feira a Valdosta, na Geórgia, local mais castigado pela destruição causada pelas inundações, e prometeu “levar muito material de ajuda, incluindo combustível, equipamentos, água e outras coisas” aos necessitados.
Com informações AFP – Agence France Presse – NYT
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