Brasil

Após série de divergências, Santos Cruz é demitido

Santos Cruz é o terceiro integrante do primeiro escalão do governo a deixar o posto. O primeiro foi o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno, em fevereiro, e o segundo o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, em abril. Santos Cruz, disse para a imprensa na manhã da quinta, que o presidente lançou mão de uma de suas metáforas matrimoniais e disse que “o casamento chega ao fim sem rugas, sem ressentimentos”.

Por meio de nota, o Palácio do Planalto afi rma que “o presidente da República deixa claro que essa ação não afeta a amizade, a admiração e o respeito mútuo, e agradece o trabalho executado pelo general Santos Cruz à frente da Secretaria de Governo”. Além da Secretaria de Comunicação Social (Secom), comandada pelo publicitário e empresário Fabio Wajngarten, e do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo, Santos Cruz tinha sob suas atribuições na pasta a articulação política com o Congresso.

A gestão do agora ex-ministro foi marcada por atritos internos: com Wajngarten, na Secom, divergia sobre o volume de investimentos em publicidade da reforma da Previdência e a respeito de entrevistas do presidente; já o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso, considerava o militar pouco afeito ao trato com parlamentares.

Ex-assessor parlamentar do Exército, o general Ramos é visto como alguém com mais traquejo para o diálogo com deputados e senadores.

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