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Brasil inicia oficialmente negociações de acordo comercial com os Estados Unidos

COM G1 – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (31), após encontro com o com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur L. Ross Jr, que o Brasil iniciou oficialmente as negociações para o fechamento de um acordo comercial com os Estados Unidos.

Antes do encontro com Guedes, Ross foi recebido em audiência pelo presidente Jair Bolsonaro. As tratativas com os Estados Unidos se iniciaram depois que o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) fecharam em junho, após 20 anos de conversas, um acordo de livre comércio com a União Europeia.

“Ficou amarrado o seguinte: o que era só um pensamento, agora já estamos oficialmente começando as negociações com os Estados Unidos”, declarou Paulo Guedes.

Segundo ele, ao final da reunião, Ross disse que o acordo é desejo dos EUA.

“Quando terminamos [a reunião com Wilbur L. Ross Jr], nosso secretário perguntou: ‘Oficialmente estamos em negociações?’ E a resposta foi: ‘Certamente. Nós [Estados Unidos] queremos isso'”, declarou o ministro da Economia.

Guedes afirmou que o objetivo do governo brasileiro é fechar uma “aliança estratégica” com os Estados Unidos, algo que seria mais profundo que um acordo comercial.

Em janeiro, durante visita ao Brasil do presidente argentino Mauricio Macri, as chancelarias dos dois países discutiram a possibilidade de flexibilizar uma regra do Mercosul que proíbe integrantes do bloco e negociar individualmente acordos de livre comércio com outros países.

Por essa regra, os membros do Mercosul ficam impedidos de negociar tarifas comerciais de forma bilateral com outros países. Mas, para outras iniciativas (investimento, serviços, compras governamentais, segurança, defesa, facilitação de comércio, acordo de proteção de investimentos, fim da bitributação), não é necessária a consulta ao bloco.

“Existe uma decisão brasileira de maior integração e ela se faz em vários planos. No plano regional, quando alia o Mercosul não em torno de uma ideologia, mas em torno de uma integração competitiva, de uma economia de mercado”, declarou Guedes.

Segundo o ministro, os eventuais ganhos de um acordo com os Estados Unidos seriam integração, aumento do fluxo de comércio, investimentos, absorção de tecnologia e fusões de empresas.

“Os ganhos são tão grandes que, quando a gente vê os obstáculos… Precisa ver que há interesses que podem ser contornados”, declarou.

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