A medida deve levar a uma intensa batalha legal com o governo Trump. O pedido, em uma carta do presidente do comitê responsável pela tributação (chamado de Ways and Means), Richard Neal, ao comissário do IRS, Charles Rettig, é visto por deputados democratas como um primeiro passo vital para uma fiscalização da renda do presidente e de seus negócios —que alguns congressistas suspeitam que possa estar repletos de conflitos de interesse e possíveis violações da lei tributária americana.
“É crucial para garantir a responsabilização de nosso governo e das autoridades eleitas. Para manter a confiança em nossa democracia, o povo americano deve estar assegurado de que seu governo está operando de modo apropriado, como as leis preveem”, afirmou Neal em nota. Trump desafiou décadas de precedentes como candidato presidencial ao se negar a divulgar seus impostos de renda e continua a mantê-los em sigilo como presidente, afirmando que estão “sob auditoria” pelo IRS.
O ex-advogado de Trump Michael Cohen afirmou recentemente em depoimento no Congresso que não acredita que Trump esteja sendo auditado. “Estamos sob auditoria apesar do que as pessoas dizem, e estamos resolvendo isso, já que sempre estou sob auditoria, parece. Estou sob auditoria há muitos anos porque os números são altos e quando você tem um nome, você é auditado”, afirmou Trump em reunião na Casa Branca com líderes militares.
“Até que não esteja mais sendo auditado, não estou inclinado a fazer isso”, afirmou Trump sobre a divulgação de suas declarações de imposto de renda. Neal baseou seu pedido no fato de que o comitê tem jurisdição sobre o IRS e sobre suas alegadas auditorias e até onde agência impôs leis tributárias contra o presidente.