Por: Edel Holz – Todas as Flores inovou em vários sentidos: Foi a primeira novela a passar na Globoplay, tem ares de série, porque esperamos dois meses para assistirmos a segunda season (o que não foi legal) e toda quarta-feira chegam 5 novos capítulos, para os noveleiros de plantão.
A trama de João Emanuel Carneiro é tirar o fôlego. Um elenco deslumbrante, com personagens inesquecíveis deram vida à está experiência inusitada. Alguns núcleos desnecessários como a família de pa godeiros e a família encostada de Mauritânia ( Thalita Carauta-que deu um show na primeira fase) não tive ram função nenhuma no roteiro. Regina Casé que foi ovacionada como Lourdes em Amor de Mãe, ‘canastrou’ e não convenceu como a ‘mãedrasta’ Zoé. Uma mãe pior que as vilãs dos contos de fadas.
A Vanessa de Letícia Collin é de arrepiar na primeira parte e na segunda parte perdeu a força ao ser desmascarada. Penso que é um dos grandes papéis de sua vida. Fabio Assunção como Humberto é o Fábio Assunção de sempre e seu envolvimento com Zoé não colou.
A Fazenda de Tráfico Humano chocou no início e torcemos para que tudo se resolvesse, mas foi rápido demais e a organização criminosa ainda continua sob o novo comando de Zoé, que a esta altura ‘ta’ rica e vive com Galo (Jackson Antunes). Maíra (a irmã cega de Vanessa) interpretada com paixão por Sophie Charlotte, que passou o pão que o diabo amassou e ao sair da cadeia fugida ninguém foi atrás dela… A novela trouxe pela primeira vez atores com deficiência visual que trabalham como perfumistas e vivem a vida normalmente apesar da limitação da visão.
Virei fã da atração e toda quarta feira só vou dormir depois de assistir todos os capítulos de todas as Flores que teve mais acertos que erros e definitivamente é a melhor novela de todas! Nesta quarta, infelizmente minha história favorita chega ao fim e aplaudo está produção impecável que em breve será apresentada na tb aberta.
Espero que seja apresentada toda, sem ser em duas partes para que o entusiasmo só cresça e que o folhetim tenha o sucesso que merece ter.
SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos boas vinda à poderosa Edel.
