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Depois de fugir para os EUA, líder de quadrilha que aplicava golpe do falso leilão passa a ser procurado pela Interpol

Da Redação – A Interpol incluiu na lista vermelha, de foragidos, o brasileiro Lucas Fernando Simões, que foi apontado pela Policia Federal do Brasil – PF, como sendo o líder de quadrilha suspeita de aplicar golpes de falsos leilões pela internet. A informação é da CNN Brasil citando o delegado Erick Sallum como e responsável pelo pedido junto à Interpol.

De acordo com a PF, Lucas conseguiu sair do Brasil em 23 de abril deste ano, na véspera de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal para prendê-lo, ele teria ido para Miami, nos Estados Unidos, onde tem lojas de aluguel de veículos. No dia da operação, a Polícia Civil cumpriu 12 mandados de prisão, dez de busca e apreensão, bloqueio de 50 contas bancárias dos investigados e a derrubada de 540 domínios de sites falsos. As prisões foram realizadas em São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo (SP).

Como era o esquema

Segundo a Polícia Civil do DF, o grupo criminoso alvo da operação já operava há pelo menos cinco anos com o golpe do falso site de leilão de carros. Para operacionalizar o esquema, os criminosos selecionavam websites reais de famosas empresas do ramo de leilão de veículos. Então, clonavam esses sites, criando outros idênticos.

Contudo, apenas trocavam a extensão do endereço eletrônico. Isto é, os verdadeiros sites possuíam terminação “com.br” e os clonados tinham o exato mesmo nome e aparência, mas com a terminação “.net”. Depois de clonar os sites, os criminosos pagavam empresas de marketing digital para impulsionar os endereços falsos em mecanismos de pesquisa como o Google.

Assim, quando uma pessoa procurava pela empresa real, nos primeiros resultados da lista de pesquisa aparecia o site clonado e não o verdadeiro.

As pessoas induzidas ao erro entravam no site falso e passavam a conversar com os criminosos pensando estar lidando com a empresa real, aponta a investigação.

Nos sites clonados havia telefones de contato e as vítimas interagiam com o grupo pelo WhatsApp sendo levadas a crer que negociavam com a empresa real até fazer os depósitos dos lances.

Até mesmo falsas notas de arrematação eram enviadas para as vítimas que só percebiam o golpe meses depois quando o carro nunca era entregue, oportunidade em que já não conseguiam mais contato, pois os criminosos haviam bloqueado o telefone.

O escritório dos criminosos era uma sala alugada num prédio comercial de Santo André, que foi alvo das buscas.

Apenas na delegacia do Lago Norte, em Brasília, responsável pela investigação, foram registradas dez ocorrências com prejuízos somados de R$ 470 mil. Estima-se, todavia, que existam centenas de outras vítimas espalhadas por todo território nacional.

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