Editorial

Editorial edição 1421 – Novos tempos virão

Jehozadak Pereira
As autoridades e as cortes americanas têm nos seus arquivos milhares de casos de crimes praticados por brasileiros. Sem contar que não somos na maioria das vezes capazes de cumprir ou seguir regras básicas como o uso obrigatório do cinto de segurança nas ruas e estradas do estado, mas, o que mais se vê são brasileiros dirigindo nas ruas e estradas sem o cinto.

As coisas tendem a piorar consideravelmente agora que entrou em vigor a lei que proíbe usar telefone enquanto se dirige, pois tem gente que acha que as leis aqui são de brincadeira, sendo que as autoridades levam a sério os preceitos legais. Em estados como New Hampshire, Maine e Vermont, as autoridades policiais são intolerantes ao extremo com indocumentados, especialmente com brasileiros.

Em New Hampshire, por exemplo, se um indocumentado é parado pela polícia por qualquer motivo, o serviço de imigração às vezes é acionado imediatamente e invariavelmente o caso acaba em deportação.
A tudo isto junta-se o excesso de velocidade, o desrespeito aos sinais de trânsito, estacionar em locais proibidos – vagas de deficientes físicos e hidrante, além de achar que o simples fato de o pisca alerta está ligado vai servir de álibi para a desculpa comum que é só por “um minuto”. As transgressões são inúmeras e quando as autoridades policiais multam, prendem e guincham os carros, muitos brasileiros dizem que estão sendo perseguidos porque são imigrantes.

Para a polícia qualquer pretexto é motivo, e o que não falta entre a comunidade brasileira são motivos para que sejamos coibidos de modo acintoso e coercitivo. Se já não bastassem os golpes e as espertezas que enganam e ludibriam muita gente, tem os que roubam casas de brasileiros enquanto os ocupantes estão trabalhando. As redes sociais estão aí para corroborar tudo isto.

Tem também a polarização política tanto aqui nos Estados Unidos quanto no Brasil. Qualquer postagem fora do que algumas pessoas acham para acabar o mundo em impropérios e xingamentos.
Um dos golpes e espertezas da atualidade é a pirâmide que ‘vende’ bitcoin, sem que as pessoas que se deixam enganar sequer saibam como funciona a modalidade. A isca é a mesma de sempre com o oferecimento de rendimentos acima do mercado e a promessa de que o investimento vai retornar em pouco tempo.

Além do que há também o modo de vida opulento e dispendioso de quem está vendendo a pirâmide. Porém, se alguém mais esclarecido quiser alertar para a fraude será taxado de intrometido e de querer dar opinião sem que seja solicitado. Esquecem-se de que não há almoço de graça, pois alguém terá que pagar a conta, invariavelmente quem entrar por último vai ficar com o prejuízo.

Não há muito que fazer, pois ao que se parece a nossa gente padece de falta de educação, de conhecimento e de querer saber o que pode e o que não pode fazer.

Na realidade queremos fazer pensar que somos vítimas, mas na realidade somos vilões de nós mesmos e da nossa falta de preparo e educação. Não será espanto nenhum que dentro de alguns anos não consigamos sequer sair do nosso país para ir a lugar algum, pois do modo com que as coisas estão indo não será surpresa alguma se formos banidos de qualquer nação civilizada.

Durante a administração Trump, as coisas pioraram consideravelmente, principalmente no quesito imigração, pois nunca se prendeu e deportou tanta gente como nos últimos anos. Com a posse de Joe Biden, a tendência é que tudo melhore ainda mais, pois o presidente tem revertido muita coisa que Donald Trump fez é de se esperar novos tempos para imigrantes. No entanto, precisamos fazer a nossa parte.

O que agir então? Confiar que as pessoas – no nosso caso os brasileiros que aqui estão se conscientizem que quanto mais ilibada e correta a conduta for, menos seremos vítimas das nossas próprias mazelas e maus costumes. Felizmente entre tantas pessoas que agem de modo errado há os que trabalham honestamente e ganham o seu pão de cada dia de forma honrada.

A América ainda é o lugar onde se pode trabalhar com determinação mudar de patamar social e de vida. Onde mesmo com a crise há tantas oportunidades que não se pode mensurar e determinar com exatidão quantas são na realidade.

Hoje há muitos brasileiros em posições de destaque em muitas instituições americanas e tomara que no futuro sejam muito mais e que sirvam de exemplo para as gerações de brasileiros que estão crescendo e se preparando por aqui. É o que esperamos e merecemos

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