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Em meio a tensão comercial, China diz que ‘nunca vai se render à pressão externa’

REUTERS A China nunca vai se render a pressões externas, disse o governo nesta segunda-feira (13), embora não tenha anunciado como Pequim vai responder depois que Washington renovou sua ameaça de impor tarifas sobre todas as importações chinesas na disputa comercial.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou a China a não retaliar contra o aumento nas tarifas.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na sexta-feira com os Estados Unidos elevando as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses depois que o presidente Donald Trump disse que Pequim “quebrou o acordo” ao voltar atrás em compromissos anteriores feitos durante meses de negociações.

Trump também ordenou que o represente de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, comece a impor tarifas sobre todas as importações restantes da China, medida que vai afetar cerca de outros US$ 300 bilhões em produtos.

Pequim prometeu responder, mas ainda não anunciou detalhes.

“Quando aos detalhes, por favor continuem a prestar atenção. Copiando uma expressão dos EUA -esperem para ver”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, em entrevista à imprensa.

“Dissemos muitas vezes que acrescentar tarifas não vai resolver qualquer problema. A China nunca vai se render à pressão externa. Temos a confiança e a capacidade de proteger nossos direitos legítimos e legais”, completou Geng, respondendo a uma pergunta sobre a ameaça de Trump de colocar tarifas sobre todas as importações chinesas.

A mídia estatal também apresentou comentários fortes nesta segunda-feira, reiterando que a porta da China para negociações está sempre aberta, mas prometendo defender os interesses e dignidade do país.

Os principais índices acionários chineses fecharam em baixa nesta segunda-feira. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,65%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,21%. No mês, o índice de Xangai acumula perdas de 5,7%, enquanto o CSI300 recuou 6,2%.

Na véspera, o assessor econômico do presidente dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou que existe “uma forte possibilidade” de que Donald Trump e o presidente da China, Xi Jinping, se encontrem nos bastidores do próximo encontro do G20, que acontece no mês que vem no Japão.

‘China não deve retaliar’, diz Trump
O presidente Donald Trump aconselhou nesta segunda-feira a China que não faça retaliações às tarifas impostas pelos Estados Unidos, considerando que uma escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington “só piorará as coisas”.

“A China se aproveitou dos Estados Unidos por tantos anos que está muito à frente (nossos presidentes não fizeram o trabalho.) Portanto, a China não deve retaliar, isso só vai piorar as coisas!”, tuitou o presidente.

O presidente americano tomou essa decisão para aumentar a pressão sobre a China, enquanto as negociações comerciais continuam entre as duas maiores economias do mundo.

Trump ordenou a aumentar as tarifas alfandegárias para quase todas as importações da potência asiática, avaliadas em cerca de US$ 300 bilhões.

“A China sofrerá muito se não concluir um acordo porque as empresas serão forçadas a deixar a China para ir a outros países”, escreveu ele nesta segunda-feira.

“Tiveram um grande negócio, quase fechado, e recuaram!”, acrescentou, dirigindo-se ao governo de Xi Jinping.

Washington apela a uma redução de seu enorme déficit comercial com a China (US$ 378 bilhões em 2018), “mudanças estruturais” como o fim da transferência de tecnologia forçada, proteção da propriedade intelectual nos EUA e os subsídios chineses para empresas estatais.

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