EUA

Entenda a eleição americana

Diante da situação que envolve a pandemia do COVID-19, as pessoas certamente vão ler mais, estudar mais e buscar se inteirar do que se passa a sua volta. Como estamos em um ano eleitoral, já que em novembro haverá eleição presidencial, nada melhor do que saber como funciona o sistema eleitoral
nos Estados Unidos.

Esta reportagem mostra um pequeno guia da eleição presidencial que já tem Donald Trump como o favorito dos Republicanos e Joe Biden que aceitou a incumbência entre os Democratas. O processo começa com as escolhas dos candidatos que vão concorrer às eleições, em uma disputa quase tão acirrada quanto a própria corrida presidencial. Essa escolha pode ocorrer de di- ferentes formas, dependendo do Estado.
A eleição em si também não é simples e ocorre por meio de um colégio eleitoral, o que em alguns casos extremos pode significar que o vencedor tem menos votos do que o perdedor. Entenda a seguir como funciona esse caminho para o posto político mais influente do mundo.

ESTÁGIOS INICIAIS
Um político com ambições presidenciais costuma formar um comitê exploratório para testar suas chances e arrecadar fundos para uma campanha, às vezes até dois anos antes da eleição. Depois, declara formalmente sua candidatura à indicação de seu partido e inicia campanha em Estados cru- ciais.

ELEIÇÕES PRIMÁRIAS
A temporada das primárias co- meça em janeiro e dura até junho. Nesse processo, os candidatos lu- tam dentro dos principais partidos
– o Republicano e o Democrata
– pela indicação para concorrer à Presidência.
Eleitores em cada um dos 50 Estados americanos elegem dele- gados partidários que, na maioria dos casos, prometeram apoiar um determinado candidato. Para escolher os delegados, alguns Estados usam uma prévia, ou caucus – um sistema de reuniões políticas, ao invés de uma primária, que é uma votação por meio de cédula.
Neste ano, primárias e caucus

começam mais cedo do que o de costume porque os Estados entraram em uma corrida para se tornarem os primeiros a ter votações.
O Estado de Iowa tradicional- mente dá início à temporada com seus caucus, seguido, uma semana depois, pelas primárias de New Hampshire.
Neste ano, a disputa se tornou tão intensa que os dois Estados decidiram realizá-las no começo de janeiro para proteger a sua posição no calendário.

Qual é a importância de ser o primeiro a realizar consulta popular?
O pequeno Estado de New Hampshire – população 1,3 mi- lhão tem grande orgulho de seu status de “primeiro da nação” – e uma lei estadual determina que sua primária seja realizada pelo menos uma semana antes da de qualquer outro Estado.
Iowa – população 3 milhões tem uma lei estadual semelhante que determina que qualquer tipo de votação deve ser realizado primeiro lá, e deseja manter o seu status. Os dois Estados têm um acor- do, e Iowa promove um caucus e não uma primária.

Em termos práticos, os primeiros Estados acabam recebendo maior atenção dos candidatos do que seu tamanho ou peso político normalmente garantiria. Com isso, questões importantes para os seus eleitores ficam em maior evidência, o que em última análise pode ampliar as chances de que os problemas locais recebam mais atenção do futuro presidente.
Além disso, há vantagens econômicas nesses Estados que decorrem dos recursos extras levados pela propaganda eleitoral na televisão e de visitas freqüentes de candidatos e imprensa durante a disputa.

Outra questão é que é comum que candidatos se tornem pratica- mente imbatíveis depois de vencer um número substancial de primá- rias, o que torna as disputas nos Estados que as realizam por último muitas vezes irrelevantes.
A Convenção Nacional Democrata aconteceu nesta semana com discursos veementes – inclusive de republicanos anti-Trump e a Convenção Nacional Republicana acontecerá no dia 24 de agosto. A eleição presidencial será na terça-
-feira, 3 de novembro.

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