Brasil

Fabrício Queiroz é preso em Atibaia, interior de São Paulo

A ação faz parte da Operação Anjo, que também cumpriu outros mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. Veja, a seguir, como aconteceu a operação, o que é o caso Queiroz e a reação da família Bolsonaro. A Operação Anjo é uma ofensiva aberta pelos Ministérios Públicos do Rio e de São Paulo.

A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Também foi expedido um mandado de prisão preventiva da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, no Rio. Entre os outros alvos da operação, estão o servidor da Assembleia Legislativa do Rio, Matheus Azeredo Coutinho, as ex-funcionárias da casa, Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins, que atualmente é assessora de Flávio Bolsonaro, e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

Além dos pedidos de prisão, o juiz também decretou medidas cautelares contra todos os envolvidos – busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas.

Fabrício José Carlos de Queiroz é um ex-policial militar que foi para a reserva em 2018. Oficialmente, trabalhou como motorista da família Bolsonaro, mas acabou virando um faz-tudo do clã quando Flávio era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Desse período, ele é suspeito de recolher salários de funcionários do gabinete de Flávio e repassá-los ao então vereador.

Flávio, como suspeita o Ministério Público do Rio, lavaria o dinheiro desviado em imóveis e em uma franquia da rede Kopenhagen. Fabrício Queiroz foi encontrado em um imóvel em Atibaia (SP) pertencente a Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro.

A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de São Paulo. O delegado à frente da operação, Oswaldo Nico Gonçalves, disse que Queiroz afirmou, ao ser detido, que iria se entender com a Justiça. Além da prisão, celular, documentos e R$ 900 em dinheiro de Queiroz foram apreendidos.

“Ele (Queiroz) não fez nada, não reagiu. Levantou as mãos e falou: ‘Olha, tudo bem. Vocês cumprem a função de vocês, vou me entender com a Justiça’. Foi ótimo, trouxemos ele para cá”, disse o delegado, ao descrever o momento da prisão

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