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IX Cúpula das Américas começa nessa segunda-feira, com as ausências das ditaduras de Cuba, Venezuela e Nicarágua

JSNEWS – A IX Cúpula das Américas começa nessa segunda-feira, 6 de junho, em Los Angeles, com uma agenda que aborda os principais desafios que o continente americano enfrenta, num encontro marcado pelas ausências de Cuba, Venezuela e Nicarágua, que os Estados Unidos não convidaram.

Crescimento econômico, alterações climáticas, violência, pobreza, migrações e a pandemia de covid-19 estarão “seguramente” no centro dos debates durante o encontro que finaliza em 10 de junho e que reúne não só chefes de Estado e de governo e ministros como também líderes da sociedade civil e empresários de todo o continente.

As ausências dos ditadores de cuba Miguel Díaz-Canel, de Nicolás Maduro, o tirano da Venezuela, e de Daniel Ortega, da Nicarágua foram justificadas pelos Estados Unidos por não serem democracias, fez com que com que o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e outros chefes de Estado latino-americanos, se solidarizassem com as ditaduras.

Alguns lideres anunciaram simplesmente que não estariam presentes, em protesto contra a atitude discriminatória do país anfitrião, ao passo que outros ameaçaram boicotar a cimeira, como López Obrador, que enviou uma carta ao Presidente norte-americano, Joe Biden, dizendo que só participaria no encontro se todos os países do continente americano fossem convidados.

O Presidente mexicano indicou que aguarda ainda uma resposta da Administração Biden, mas acrescentou que, mesmo que não vá, o México estará oficialmente representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Ebrard, e que, de qualquer maneira, “as relações com os Estados Unidos vão continuar a ser boas, porque são relações de amizade”.

Até agora, disseram que não se farão representar em Los Angeles a Bolívia e países da Comunidade das Caraíbas (Caricom) como São Vicente e Granadinas.

Outros Estados, como Argentina, Chile e Honduras, reiteraram as críticas aos Estados Unidos, mas já tinham confirmado a sua participação e não recuaram.

Entretanto, uma aliança de mais de 150 organizações dos Estados Unidos e da América Latina anunciou a realização entre 08 e 10 de junho da Cúpula dos Povos pela Democracia, também em Los Angeles, em protesto contra a ausência dos temas da imigração e das minorias da Cúpula das Américas.

Segundo Angélica Salas, diretora da União pelos Direitos Humanos dos Imigrantes (CHIRLA), a Cimeira dos Povos pela Democracia abordará “todos aqueles temas importantes que a cimeira presidencial deixou de fora”, como os direitos dos imigrantes, das mulheres e dos trabalhadores.

“Não se vai falar oficialmente de imigração na Cúpula das Américas, e isso é um grande erro. Por isso, nós estamos a fazer esta cimeira, porque queremos garantir que as vozes dos imigrantes são ouvidas”, disse.

O evento alternativo, que decorrerá a apenas alguns quarteirões do Centro de Convenções de L.A., local que acolherá os representantes oficiais, pretende debater as preocupações com as leis da imigração – como o polêmico Título 42, que permite expulsar de imediato imigrantes por razões sanitárias além da necessidade de aprovar uma reforma migratória nos Estados Unidos, entre outras questões.

A América vive uma das suas maiores crises migratórias desde que Biden assumiu o governo, com centenas de milhares de pessoas tentando entrar nos Estados Unidos fugindo da vida miserável que levavam em seus países.

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