Brasil

Lula, Palocci e Paulo Bernardo viram réus por propina da Odebrecht

O juiz Vallisney de Oliveira da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou na quarta-feira, 5, denúncia por corrupção apresentada contra o ex-presidente Lula, o empresário Marcelo Odebrecht e os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo. A investigação também atinge a deputada federal Gleisi Hoff man (PT). Por ter foro privilegiado, ela foi denunciada pela procuradora- -geral, Raquel Dodge, por lavagem de dinheiro e corrupção, no valor de R$ 5 milhões, referentes a repasses da empreiteira em 2014.

A petista responde pela denúncia perante ao Supremo Tribunal Federal. Para Lula, Palocci, Paulo Bernardo e os delatores, a ação penal corre na Justiça Federal. Lula e Palocci são acusados de terem acertado o recebimento de R$ 64 milhões em troca do aumento do limite da linha de crédito para exportação de bens e serviços entre Brasil e Angola, em benefício da Construtora Odebrecht.

Segundo os autos, a autorização pelo Governo Brasileiro teria sido de US$ 1 bi. O inquérito tem como base a delação do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo. “No caso específico dessa negociação, em 2009, início de 2010, até porque eu acho que estava se aproximando da eleição, veio o pedido solicitado para mim por Paulo Bernardo, na época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma contribuição de US$ 40 milhões e eles estariam fazendo a aprovação da linha de US$ 1 bilhão para exportação de bens e serviços”, declarou Odebrecht, em depoimento.

O delator revelou que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda, governo Lula, e Casa Civil, governo Dilma Rousseff ) era o principal interlocutor das propinas acertadas pela Odebrecht com o PT. “Todos pagamentos eram autorizados por Palocci”.

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