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Mortes por overdose no Oregon aumentam 13 vezes após a descriminalização de drogas pesadas

JSNEWS – Após três anos da aprovação da descriminalização do uso de drogas pesadas como a como heroína, metanfetamina e cocaína, o estado americano do Oregon constatou um aumento significativo de óbitos decorrentes de overdoses ocasionados pelo uso dessas drogas.

As mortes relacionadas a opioides no Oregon dispararam, passando de 280 em 2019 para 955 em 2023.
A medida 110, que liberou consumo de drogas naquele estado, foi aprovado em uma consulta popular por 58% dos eleitores que acreditavam que a legalização de drogas seria, naquela ocasião, a melhor maneira para lidar com os problemas decorrentes do combate ao comercio ilegal de entorpecentes.

De acordo com uma pesquisa de realizada no mês agosto deste ano pelo Emerson College, 56% dos habitantes do Oregon apoiam a derrubada da lei, que tornou a posse de ‘algumas drogas ilícitas’ punível com uma multa máxima de US$ 100, que pode ser evitada com uma “avaliação de saúde” que pode ser feita através de um serviço telefônico.

Um número ainda maior de habitantes do Oregon, 75% apoiou a revogação de partes da Medida 110 para restaurar as penas por posse de drogas, enquanto outros 35% disseram que lei deveria ser deixada como está. A pesquisa também descobriu que 54% dos eleitores do Oregon acreditavam que a medida 110 agravava a falta de moradias em suas comunidades, enquanto 50% disseram que suas comunidades se tornaram menos seguras como resultado dessa medida.

Inicialmente, o projeto de lei visava manter as pessoas que lutam contra o vício fora do sistema prisional, optando por oferecer mais serviços públicos de saúde e outros benefícios sociais. O projeto da Medida 110 dizia que  “As pessoas que sofrem de dependência são tratadas de forma mais eficaz com serviços de saúde do que com punições criminais. Uma abordagem de cuidados com a saúde inclui uma avaliação para descobrir as necessidades das pessoas que sofrem de dependência, e inclui conectá-las aos serviços públicos de que precisam.”

Os críticos da época argumentaram que a medida era experimenta, que outros países que implementaram politicas semelhantes tiveram que posteriormente revogar essa  politica, pelo menos em partes, e que o Estado do Oregon não estava equipado para lidar com essa mudança brusca.

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