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O conhecimento através da Bíblia – Jesus Cristo o Pão da Vida

Por : José Soares Leite – No Evangelho de João 6.47 está escrito: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida”. A Palavra de Deus é o alimento que sustenta a nossa vida espiritual (Ef, 2.1,4-5) e sem ela é impossível termos a vida eterna. Veja as seguintes menções simbólicas que a Bíblia faz a respeito de Jesus como o Pão da Vida: Ele é a suficiência da Palavra de Deus (Jo 1.1). Ele é o pão que desceu do céu (Êxodo 16.31). Em Mateus 6.11, Ele é o pão nosso de cada dia. Em João 6.35, Jesus, é o pão da vida.

Quando Deus mandou Moisés construir o Tabernáculo para que a sua presença estivesse no meio do seu povo, ordenou, para servir como simbologia de Cristo, que fosse feito pães assados de flor de farinha de trigo (Lv 24.5). A cada dia de sábado eram colocados ao Senhor, 12 pães sobre a mesa, no Lugar Santo da Tenda do Tabernáculo (Lv 24.6- 7). Isto era feito por oferta queimada ao Senhor (Lv 24.5-9) e era para o alimento do sacerdócio de Arão e de seus filhos.

Os pães da proposição ficavam no Lugar Santo no Tabernáculo, em frente ao candelabro de ouro, onde eram iluminados durante toda a noite. Isso como uma simbologia cristológica da luz do Evangelho, que traz ao pecador faminto a convicção que só Cristo pode saciar sua fome espiritual. A mesa onde fi cava os Pães da Proposição, era feita de madeira de acácia, toda revestida em ouro puro (Ex 25.23-30). Os Pães da Proposição eram preparados todos os sábados pelos Coatitas (1Cr 9.32. No Antigo Testamento, apenas o sumo sacerdote e seus filhos tinham direito de comer dos pães da proposição.

A única exceção específica foi Davi e seus homens (Mc 2.25,26). Durante a peregrinação de Israel no Sinai, os israelitas foram sustentados por 40 anos no deserto com o maná, o pão que descia do céu toda manhã (Êx 16.31-35). Os Pães da Proposição simbolizavam a presença sempre providencial de Deus no meio de seu povo (Jr 32.38). Já a quantidade específica dos 12 pães prefigurava as 12 tribos de Israel (Lv 24.6). Isto significa para eles, como também para nós, que não só de pão (natural) viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus (Dt 8; Mt 4.4). Quanto ao incenso que era colocado no local, significava que a presença do Senhor sempre vem acompanhada pelas orações dos santos (Ap 5.8; 8.3,4).

Os pães da proposição como simbologia de Jesus, no Lugar Santo do Tabernáculo, prefiguravam, também a Igreja, ou seja, todas as vezes que nos reunimos para celebrar a Ceia do Senhor, Jesus como o pão da vida, nos trás a presença eterna do Pai entre nós (1Co 11.23,24). Através de sua palavra, Ele se revela como o pão da vida (Jo 4.13,14; 8.32; Ap 7.17).

E m sua missão redentora, o Senhor Jesus, como o pão vivo, não se limitou a ficar no santuário, mas está entronizado em nossos corações. Jesus ao se encarnar (Jo1.1,14), trouxe a presença de Deus a toda humanidade (Mt 1.23; Hb 1.3). Ele como o pão vivo enviado pelo Pai, não precisa ser trocado todos os sábados, como os pães da proposição (Lv 24.8).

Nosso Salvador, além de ser um sumo sacerdote infinitamente superior a Arão, é o próprio pão divino e Senhor do sábado (Mt 12.8; Jo 6.41; Hb 7.17-25). Ele é o próprio Tabernáculo de Deus (Jo 1.14; Hb 9.11,12), pois ao torna-se semelhante a nós, Jesus através de sua morte e ressurreição, deu-nos por sua graça o direito de termos acesso ao Pai. Ele desfez o véu da separação entre Deus e os homens para que pudéssemos entrar com ousadia no Lugar Santíssimo (Hb 4.16).

Na realidade, todas essas simbologias de que a Bíblia nos mostra, de Jesus como o Pão da vida, no Antigo Testamento, tinha uma finalidade. Isso seria demonstrado, após o advento plano salvífico e a ressurreição de Jesus e chegado o tempo da graça.
Assim então, o Evangelho de Cristo fosse pregado em todo o mundo Mt 28.19; Mc 1.1, 16.15), para que a humanidade recebesse o alimento espiritual do Pão da Vida (Mt 28.18-20; Lc 9.13). Neste tempo do fim, a fome espiritual no mundo, nunca foi tão acentuada como nos dias de hoje (Am 8.11,12).


José Soares é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston

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