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PF investiga esquema de imigração ilegal envolvido em desaparecimento de brasileiro no México

Da Redação – A Polícia Federal do Brasil – PF deflagrou, nesta terça-feira, 29, uma operação contra um esquema de imigração ilegal envolvido no desaparecimento de um brasileiro na fronteira entre México e Estados Unidos em 2021.

Os mandados foram cumpridos em Itambacuri e Governador Valadares. DE acordo com o site de noticias Globo, o brasileiro desaparecido é um mineiro identificado como Felipe Gomes Crisóstomo, natural de Itambacuri e que tinha 30 anos quando tentou chegar aos Estados Unidos pela fronteira com o México.

Felipe Gomes Crisóstomo, de 30 anos, foi visto pela última vez na cidade mexicana de Tijuana, ele desapareceu na fronteira do México com os EUA em 2021 — Foto: Reprodução

Casado e pai de dois filhos, ele sumiu no dia 17 de abril de 2021. Sua última localização conhecida é a cidade mexicana de Tijuana. Ele tinha chegado no país quatro dias antes, segundo o jornal Estado de Minas.

No total, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em residências de suspeitos, que tiveram R$ 3 milhões bloqueados após decisão da Justiça Federal de Teófilo Otoni.

“O Crime de promoção de migração ilegal possui penas de 2 a 5 anos e multa, podendo ser aumentado de 1/6 a 1/3 se é cometido com violência ou submetida a vítima a condição desumana ou degradante”, disse a PF por meio de nota.

A perigosa rota da imigração ilegal

A história de Felipe é parecida com a de muitos mineiros do Leste de Minas, que desde a década 1980 migram para os Estados Unidos. O objetivo de todos é trabalhar, receber salários em dólar e dar uma vida melhor para a família. Esse também era o sonho de Felipe que em busca desse, embarcou para o México em 13 de abril indo parar na cidade de Tijuana, na fronteira com San Diego, Califórnia.

A rota pelo México é usada pelos emigrantes que não têm o visto de entrada em território norte-americano. A travessia, sempre perigosa, é coordenada pelocoiotes”, traficantes humanos que conhecem bem a aridez do terreno e os perigos da fronteira.

Os “coiotes” são dados à prática de extorsão e são conhecidos por não preservar a vida dos emigrantes que, em grupo, partem a travessia. Quem fica para trás e não consegue superar os obstáculos naturais, pode ter a morte como destino certo.

Quem avança pode ser preso pela polícia de emigração estadunidense. Chegar ao lado americano é pura sorte.

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