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Tiroteio durante ato de Tarcísio em Paraisópolis teria começado após intimidação a policiais

EXTRA – À frente do caso que investiga a troca de tiros que ocorreu na favela de Paraisópolis na última segunda-feira nas imediações de um ato de campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos), a delegada Elisabete Sato afirmou nesta terça-feira que a hipótese principal é que os suspeitos tenham tentado intimidar policiais que estavam presentes no local. Não foi encontrada nenhuma arma com Felipe Silva de Lima, suspeito morto no local.

Embora não existam até o momento indícios que corroborem qualquer tipo de atentado contra o candidato, a polícia ainda não descartou totalmente a hipótese. Apesar disso, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) já afirmou que essa possibilidade está descartada.

Sato afirmou que a Polícia Militar enviou à agenda de Tarcísio em Paraisópolis quatro policiais à paisana divididos em duas duplas para acompanhar a agenda do candidato. Um deles ficou em um veículo blindado na rua e se sentiu intimidado por dois suspeitos em uma moto que teriam filmado o carro.

“Dois suspeitos que estavam na moto perceberam o PM no veículo, passaram filmando o interior desse carro. Nesse momento, havia um policial ali e o outro (da dupla) teria ido até o local onde seria inaugurado o Polo Universitário de Paraisópolis. Quando o policial no carro percebeu que os dois suspeitos fotografaram o veículo, telefonou para o colega. O colega, (vendo) de cima (do imóvel), percebeu que ambos estavam armados e foi dado um alerta para a equipe do candidato”, afirmou ela.

Em seguida, segundo os relatos de testemunhas à polícia, houve rajada de tiros. Os policiais que estavam no edifício, então, foram para a rua. Em seguida, os dois suspeitos teriam voltado à rua acompanhados de outras nove motos. Segundo a Polícia Civil, eram entre 18 e 20 pessoas ao todo, várias delas armadas.

Ainda não se sabe quem iniciou o confronto e quem é o autor do disparo que atingiu o suspeito Felipe Silva de Lima, de 27 anos, que seria um dos rapazes que estava na primeira moto. No tiroteio, foram atingidos uma van escolar e outros dois veículos estacionados na rua em que estava o projeto social visitado por Tarcísio, mas não houve mais feridos.

O companheiro de garupa de Silva de Lima já foi identificado e está sendo procurado pela polícia. Trata-se de Rafael Araújo, que está foragido desde 2017, quando deixou o presídio em que cumpria pena por tráfico de drogas em uma saída temporária e não voltou mais. Os demais suspeitos ainda não foram identificados.

Não foi encontrada junto ao corpo do suspeito nenhuma arma, mas um pente de munição, um coldre, um celular e um relógio. O delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico, diz que a hipótese é que Araújo teria fugido com a arma do suposto comparsa.

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