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Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner é condenada a seis anos de prisão por corrupção

Da Redação – Cristina Kirchner foi condenada nesta terça-feira (6) a seis anos de prisão e perda de direitos políticos e não poderá ocupar cargos públicos de forma perpétua pela Justiça da Argentina. Ela foi condenada pelos crimes de corrupção e administração fraudulenta em detrimento da administração pública.

A atual vice-presidente da Argentina era acusada de desvios de verbas na província de Santa Cruz. A promotoria pedia a condenação dela a 12 anos de prisão. Ela nega as acusações e diz que as denúncias são falsas.

Cristina governou o país em duas ocasiões e dificilmente será presa, apesar da condenação. A política tem imunidade parlamentar e já tem 69 anos, então a ida para trás das grades é improvável.

A ação contra Cristina
A ex-presidente é acusado de chefiar uma associação criminosa e de administração fraudulenta durante o período em que Néstor Kirchner foi presidente (de 2003 a 2007) e durante as gestões de Cristina (de 2007 a 2015).

De acordo com a acusação, essa organização cometeu fraudes que tiraram US$ 1 bilhão do Estado.

As respostas de Cristina
Cristina nega as acusações e acusa o tribunal de ter a sentença escrita desde o início do julgamento. A Justiça age como um “pelotão de fuzilamento”, segundo ela.

A ex-presidente afirma que as acusações não têm base legal e argumenta que “as decisões sobre investimento público são de competência exclusiva dos órgãos políticos e não há norma legal que estabeleça limites sobre como deve ser feita a sua distribuição”.

Da mesma forma, afirma que nenhuma das obras investigadas foi improdutiva ou desnecessária.

A líder de esquerda se considera perseguida por setores do Judiciário em conluio com seu sucessor no poder, o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), para retirá-la da cena política.

O tribunal também anunciou o veredicto de outros 12 réus, incluindo o empresário Lázaro Báez, acusado de ter se beneficiado de 51 obras financiadas com recursos públicos, e o ex-ministro do Planejamento Federal, Julio de Vido.

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