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Crônicas do dia a dia – Obrigada por tudo, Rita!!!

Depois de muita batalha, cheia de coragem rega dá por muito rock’n roll, ela se foi. Certa de que cumpriu sua missão magistralmente.

Ela errou? Mas quem não erra? Abusou das drogas, viveu loucamente, mas teve filhos e um marido sensacional que nunca saiu do lado dela. Segurou as barras mais pesadas e comemoraram juntinhos tantos feitos…Nascimentos, shows, discos de ouro, músicas novas. Roberto e ela, ela e Roberto. Juntos… pra sempre, fundindo-se num só.

Sou privilegiada de viver no mesmo tempo e es paço que ela. Minha compositora preferida, a ovelha negra da família. Escrevi uma peça de teatro só pra ela, mutante, tutti-frut., minha única ‘ídola’. Se ela leu, não sei. Mas que entreguei na sua mão, entreguei.
E ela me disse:“Gostei de você!”

Ganhei a noite depois do seu show, mas a peça cheguei a ensaiar e nunca montei! Suas frases musicais me representam e me inspiram:
“Toda mulher quer ser amada, toda mulher quer ser feliz Toda mulher se faz de coitada Toda mulher é meio Leila Diniz.”
“ Mulher é bicho esquisito Todo mês sangra E nem só de cama vive a mulher”
“Nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem”

Você, enquanto esteve viva, cheia de graça, com certeza fez, faz e continuará fazendo muita gente feliz, como você mesma diz.
Obrigada por tudo, Rita. Você que nunca fez fita, vai conseguir entender que perder você é como se perdêssemos uma pessoa muito querida, um amigo, um familiar…
A morte não é o fim E com certeza sei que está agora aí em cima, num cantinho só seu:no escurinho do cinema, chupando drops de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz”!


SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos boas-vindas à poderosa e efervescente Edel.

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