JSNEWS – Após uma reunião na semana passada entre altos funcionários da administração Biden e membros do Partido Democrata em que foi debatido a possibilidade de aplicar uma estratégia um “pouco mais ofensiva” contra a imigração ilegal nos Estados Unidos, em especial na fronteira com México. Essa nova estratégia seria uma reposta de Biden ao bloqueio dos Republicanos ao projeto de lei de segurança nas fronteiras que, segundo a Casa Branca, iria diminuir as travessias ilegais ao longo da fronteira sul.
O objetivo da discussão foi garantir o alinhamento entre os democratas em trono de uma questão que eles buscam capitalizar diante das eleições presenciais em novembro quando o partido tentara recuperar o controle da Câmara baixa e manter o controle do Senado e emplacar um segundo mandato ao atual presidente.
Chuck Schumer (Dem. NY.), líder da maioria no senado, culpou os republicanos e o ex-presidente Donald Trump pelo caos na fronteira com o México. “Os republicanos precisam levar a sério a situação da fronteira e ignorar Donald Trump. Afinal, você não pode dizer que existe uma situação de emergência na fronteira e depois se recusar a agir”, disse ele ao critica o partido opositor a não apoiar a politica migratória de fronteiras abertas da administração Biden.
Alguns temem que a nova política seja muito restritiva ao asilo.
De acordo com as informações compartilhadas pela rede NBC News, a Casa Branca poderia invocar o poder reservado ao presidente na Seção 212 ( f ) da Lei de Imigração e Nacionalidade, que ele entrega a um agente federal o poder de decidir quem é admitido nos Estados Unidos.
Dessa forma, os agentes do Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras ( CBP) teriam instruções para bloquear a entrada de migrantes que cruzam do México se o número total exceder um ‘determinado limite’.
Ativistas e defensores da politica de fronteiras abertas podem questionar juridicamente que a 212 ( f ) não dá ao presidente a autoridade ‘para fechar fronteira’.
Uma pesquisa da Rede NBC News divulgada no mês passado revelou que a imigração é uma das as principais preocupações dos eleitores americanos e que apenas 28% aprovam as politicas migratórias da administração da Biden.
Nenhuma decisão formal foi tomada após a reunião.
Oposição a essa estratégia ‘ofensiva’ de Biden
Diante da possibilidade de uma estratégia ofensiva na fronteira sul com o objetivo de mitigar a imigração ilegal, defensores dos direitos humanos levantaram suas vozes contra o projeto em potencial e alegam que a restrição total à entrada de imigrantes só afetaria os requerentes de asilo.
“A ação executiva nada mais é do que um movimento político para aumentar a crueldade contra pessoas que buscam asilo na fronteira antes das eleições”, disse ele Amy Fischer, Diretor Internacional de Anistia dos Direitos dos Refugiados e Migrantes dos Estados Unidos. “Em vez de investir em políticas que construam e fortaleçam uma infraestrutura humanitária, o governo de Biden decidiu causar mais caos na fronteira e restringir os direitos dos requerentes de asilo no país”.
