O presidente Donald Trump perdeu a mais recente queda de braço com a democrata Nancy Pelosy, que preside a Câmara dos Deputados, e aceitou postergar seu discurso sobre o Estado da União, previsto para 29 de janeiro. Trump informou na noite de quarta-feira, 23, que o fará somente depois do fi m da paralisia do governo federal, que completara um mês no dia anterior.
“Como a paralisia continua, Nancy Pelosy me pediu para fazer o discurso sobre o Estado da União. Eu concordei. Ela então mudou de ideia por causa da paralisia, sugerindo a postergação. Esta é uma prerrogativa dela – eu farei o discurso quando a paralisia tiver terminado”, escreveu Trump no Twitter.
O discurso sobre o Estado da União, realizado sempre no plenário do Congresso americano, é o mais importante feito pelos presidentes do país a cada ano desde George Washington, em 1790. Nessa oportunidade, o presidente expõe as conquistas de seu governo e dá as diretrizes para os próximos anos nas searas doméstica e externa.
Segundo a CNN, Thomas Jefferson foi o primeiro presidente a apresentar seu discurso por escrito – método alternativo válido até hoje. Em 1939, Wilson fez a primeira exposição no plenário das duas casas do Congresso.
Dois presidentes não chegaram a fazer seus discursos porque morreram antes – William Henry Harrison, em 1841, e James Garfield, em 1881. Trump repete a única postergação registrada até agora na história americana, a de Ronald Reagan, em 1986. Horas antes de seu discurso deu-se a explosão do ônibus espacial Challenger. No caso atual, porém, o presidente americano criou a razão pela qual seu discurso será atrasado.