Por : José Soares Leite – Passado tempo em que Deus havia criado o homem e depois a mulher, em que o Criador estabeleceu a constituição da formação da família na terra (Gn 1.27-28; 2.18,24). Podemos observar como desde o princípio o Senhor tem demonstrado o quanto Ele valoriza a família e sua preservação, para que assim ela não seja destruída pelo inimigo de nossas almas (Jo 1.01).
Você sabe por que Deus tem esse desejo na procriação? É porque a Bíblia diz que os filhos dos servos de Deus são herança do Senhor (Sl.127.3). Decorrido aproximadamente 1.656 anos da crucificação de Adão e Eva, estando a terra já bastante povoada, porém toda humanidade havia chegado ao extremo patamar da degradação, vivendo na sórdida prática da maldade, pecados e abominações contra o Criador.
Isto levou Deus a se arrepender de ter criado o homem ao ponto de querer destruir toda a humanidade da face da terra (Gn 6.6-7). Porém no meio daquela geração corrompida e perversa, somente a família de Noé, varão justo e reto, foram poupados do castigo divino (Gn 6.8-9). Apesar da fatalidade desse juízo,
Deus por causa de sua infinita graça, poupou a Noé e sua família porquanto fazia parte de Seu propósito soberano, com relação a perpetuação da raça humana (Gn 6.8-10,22). A família esteve sempre presente dentro dos planos de Deus.
Vemos a história de muitas delas no Antigo Testamento, que são de grande testemunho da ação de Deus com propósitos definidos para elas: citamos por exemplo, as famílias de Abraão, Isaque e Jacó etc. cujos testemunhos ecoam as gerações por milênios.
Quando Josué introduziu às famílias do povo judeu na terra prometida de Canaã, lugar onde habitava as nações idolatras e corrompidos dos povos pagãos, ele tomou a mais sábia decisão: “Eu e minha casa serviremos as Senhor” (Js 24.15). Este exemplo de Josué serviu de advertência para as demais famílias do povo israelitas para não se contaminar com eles. A Bíblia também relata a história das famílias chamada de “recabitas”, que foi utilizada pelo Senhor como exemplo para Judá. Eles faziam parte de uma tribo nômade, mas que esse povo se manteve fiel aos ensinamentos que receberam do seu pai Jonadabe, não se deixando contaminar de toda corrupção e depravação de sua geração. Essa atitude deles foi observada por Deus que os recompensou, abençoando as gerações e poupando-os da destruição (Jr 35.1-19). Esse princípio da valorização da família, foi recomendado por Deus e adotado por Josué ao tomar posse da terra de Canaã.
Ao cabo de sua missão, já com sua idade avançada, ele reuniu todas as tribos do povo israelitas e nessa ocasião, trouxe-lhes à lembrança tudo o que o senhor fez e ordenou com relação a conquista da terra e principalmente para que as famílias israelitas não se contaminar e não servissem a outros deuses (Js 24.14). Assim como Josué deu o exemplo a respeito de sua família permanecer fiel ao Senhor, ele lança o desafio ao povo: israelita: “Agora pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito e servi ao Senhor. Porém, se vos parecer mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem, sirvais… se os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js. 24.14).
Que este importante ensinamento sirva para você amado leitor como um legado divino. Por estes testemunhos desses homens com suas famílias, que tão bem souberam preservar o temor e a lealdade ao Senhor, independente das circunstâncias e épocas em que eles viveram. Façamos com isso que aprendemos da narração das Sagradas Escrituras, um ato de renovação de nossa aliança para com Deus e declaremos aos moradores desse mundo secular “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.
José Soares Leite é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston.
