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O dever de perdoar até nossos inimigos

Por : José Soares Leite – Lucas discorre em seu Evangelho, Jesus, como Filho do homem ali nos demonstrou a maior lição de amor e nos legou o grande exemplo de perdoar incondicionalmente os inimigos. Ele fez isso, no auge dos seus sofrimentos, quando seus algozes o estavam sacrificando-o à morte, e morte de Cruz. Foi justamente nessa ocasião incomum, que Jesus suplicou ao Pai pelo perdão para seus inimigos, dizendo: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).

É importante reconhecermos, também, que Ele nos perdoou, quando nós ainda éramos pecadores (Rm 5.8). Jesus depois de ser escarnecido, ultrajado e ferido até o fim da agonia de sua morte lenta e dolorosa, não proferiu nenhuma palavra de condenação aos seus inimigos, antes se compadeceu deles, não imputando-lhes nenhuma condenação. Isto Ele fez para que assim, nós também fizéssemos de tal maneira, como Ele mesmo nos ordenou, dizendo: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei-os e fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e os perseguem (Mt 5.44).

Amar aos inimigos não é, portanto, um sentimento, mas sim um mandamento. Nós como cristãos estamos dispostos a fazermos isto? Se não bastasse o exemplo do amor, da compaixão e do perdão de Jesus em favor dos seus inimigos, nós como seus discípulos devemos também, perdoar o próximo por outras questões: primeiro porque a vingança pertence a Deus (Rm 12.19), segundo, para que possamos tomar atitude de misericórdia, para que igualmente possamos imerecidamente recebamos do Senhor o seu favor, como está escrito: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lm 3.22). Terceiro, porque Jesus ensinou que o perdão de Deus para as nossas ofensas e pecados, estão condicionados ao perdão que nós fizermos aos nossos inimigos que nos ofenda: “Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendidos” (Mt 6.12).

Por último, se não amarmos ao próximo como a nós mesmo, verdadeiramente não amamos a Deus (Lc 10.27). O que Deus realmente quer para o nosso crescimento espiritual, é que exercitemos o amor e o perdão, principalmente aos nossos inimigos (Lc 6.27).

Este é um assunto que deve merecer toda a nossa compreensão. Pois se deixarmos entrar em nosso coração qualquer ressentimento que gere raiz de amargura pelo que nossos inimigos nos fizeram. Nessa condição, aí os prejudicados seremos nós mesmos. Pois a Bíblia diz: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.

Tenha cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura brotando (contra os nossos inimigos – grifo do autor), vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hb 12.14-15). Deus nos ama e nos perdoa Ele não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos atribuiu culpa segundo as nossas iniquidades (Sl 103.8-10).

Se assim procedermos, alcançaremos a benevolência de Deus. Usemos do mesmo princípio que Jesus fez e nos ensinou sobre o perdão incondicional, até a favor dos nossos inimigos.


José Soares Leite, é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston

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