Por : José Soares Leite – O livro dos Atos dos Apóstolo, é um documento histórico para nortear a igreja hodierna a proceder desta forma. No entanto é o Espírito Santo que dá as diretrizes da assistência espiritual às multidões de crentes que se convertem a Cristo em todos os lugares e épocas.
O Apóstolo Paulo sabia utilizar-se de estratégias adequadas para cada realidade. O seu próprio perfil é o testemunho de que Deus escolhera a pessoa certa para aquelas circunstâncias.
Nascido em Tarso, uma das principais cidades do império romano, ele pertencia a uma família da cultura helênica, o que lhe dava mobilidade para transitar livremente entre as fronteiras da época.
Os métodos usados pelo Apóstolo Paulo representam o padrão para o trabalho evangelístico e missionário bem-sucedido na pregação do evangelho, que todo obreiro pode realizar a obra de Deus. Para tanto, é somente utilizar-se dos recursos disponíveis para alcançar as pessoas perdidas para Cristo, que posteriormente virão a ser acrescentadas à Igreja. Pois, como está escrito, é o Senhor que dá o acrescimento a igreja do número das almas dos que haverão de ser salvos pela pregação do Evangelho de Cristo (At 2.47).
Entendemos que o Ap. Paulo ao dizer: “Sede meus imitadores, como também eu, sou de Cristo, (1Ci 11,1). Paulo se referia ao ministério evangelístico que Jesus praticou e ensinou aos seus discípulos a praticar. Isso fica claro quando Jesus convocou os seus discípulos para virem realizar com Ele a obra da evangelização “vinde após mim, e eu os farei pescadores de homens” (Mt 4.19).
Paulo, também usou outras estratégias no seu ministério da realização da obra do Reino de Deus. Em Filipos, sua primeira iniciativa foi buscar um lugar para oração, fora da cidade, onde pôde falar às mulheres ali reunidas (At 16.13-14). Em Atenas, Paulo utilizou como ponto de contato a própria religiosidade dos atenienses para apresentar-lhes a mensagem sobre o “Deus desconhecido”, o que trouxe resultados imediatos (At 17. 15-34).
Tanto o trabalho missionário como a forma de evangelização desenvolvidos pelo Apóstolo Paulo, há quase dois mil anos atrás, ainda hoje é o modelo a ser aplicado na Obra do Senhor dos nossos dias. Independente da evolução tecnológica, cientifica e cultural do mundo no decorrer dos séculos. Paulo disse: “Porque eu não me envergonho do Evangelho de Cristo, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”.
O tempo mudou, as culturas se desenvolveram, mas o poder e o propósito da expansão do reino de Deus é o mesmo: ou sejam: fazer a evangelização local, enviar missionários em busca dos perdidos e implantar igrejas locais (Mc 16.15; Mt 28.19). Isto, porém, será o fruto do trabalho daqueles que realizaram a obra do Reino de Deus, como fez Paulo, mas também dos que ainda hoje, continuam fazendo e dando fruto do trabalho evangelístico e missionário.
Assim sendo, o trabalho na Seara do Senhor, tanto os que forem efetuados pelo processo de evangelismo local quanto pelo trabalho missionário em redor do mundo, será para glória de Deus, como diz as Escrituras: “E este do Reino será pregado em todo mundo, em testemunho a todas as gentes, em então virá o m” (Mt 24.14).
José Soares é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston.
