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Sport Total – Alfredo e s outros, parte 3

Por: Alfredo Melo – O Corinthians em relação a mascote, tem uma situação inusitada. O Mosqueteiro e o mascote do clube, mas o Gavião e o mascote da torcida. O responsável pela mascote Mosqueteiro, foi a imprensa paulista, após a primeira vitória do Corinthians sobre uma equipe de outro pais, venceu o Barracas, da Argentina por 3×1, no dia 1 de maio de 1929.

Uma crônica escrita pelo jornalista Thomaz Mazzoni, para a Gazeta, após essa vitória dizia que o Corinthians tinha tido a forca e a elegância de um Mosqueteiro. Depois disso foi criado o Mosqueteiro como mascote. O Gavião se tornou a mascote da torcida corinthiana, após a fundação da “Gaviões da Fiel”. eram estudantes da USP e no campus da Universidade, havia muitos gaviões, daí a origem do nome da torcida. Obviamente, a origem da mascote do São Paulo, está no nome do clube.

O Santo Paulo, original era mais fechado, a versão atual, apresenta o “velhinho”, mais sorridente, mais feliz. O Santos por ser de uma cidade praiana, quando disputava jogos em São Paulo, pelo campeonato paulista, era chamado de peixeiro ou peixe podre, por ser considerado um time fraco. A partir de 1921, a torcida santista, começou a associar o Peixe ao Santos. A partir da década de 1930, o cartunista “Joao do Charuto “passou a ilustrar o Peixe como mascote do Santos nas páginas da Gazeta Esportiva, contribuindo para a popularidade da mascote.

Atualmente, o clube apresenta como mascote uma baleia, que é um mamífero marinho, como se fosse um peixe. O Fluminense, o tricolor carioca, tinha na sua mascote, o espelho do clube. Clube desde a sua fundação, foi caracterizado como clube da elite carioca, da aristocracia e nada melhor do que um aristocrata usando uma cartola, para representá-lo.

Para os torcedores, a mascote era o Cartola. Em 1996, o então presidente do clube, Álvaro Barcelos, comemorou com champagne a virada de mesa, que impediu a queda de Fluminense e Bragantino para aa serie B, aliás, na década de 1990, o Flu esteve envolvido em várias viradas de mesa, nessa época, a figura do Cartola, no futebol, já era ridicularizada e pejorativa. Em 2016, o Flu substituiu o sua mascote Cartola, pelo Guerreirinho, alusão ao time de Guerreiros, cantado pela torcida.

O clube Vasco da Gama, que tem o seu nome ligado ao navegador português, que descobriu o caminho marítimo para as Índias, contornando o litoral africano, não poderia ter outra mascote a nao ser o Almirante, nunca contestado no clube da colina

O cartunista argentino Mollas, na década de 1940, criou as mascotes dos clubes cariocas, dois desses mascotes não caíram nas graças das torcidas, Popeye no Flamengo e Pato Donald no Botafogo. No campeonato de 1948, vencido pelo Botafogo, o volante reserva, Macaé, levou seu cachorro para o banco de reservas, era um cachorro preto e branco, no jogo contra o Madureira na terceira rodada, o Biriba, cão do Macaé, escapou e invadiu o campo.

O presidente Carlito Rocha, o rei da superstição, após a partida vencida pelo Botafogo por 6×0, determinou que Macaé, levasse o cão para todos os jogos. O Botafogo foi campeão e Biriba foi promovido a mascote do clube. Em 1957, o Botafogo foi campeão e um torcedor colocou na estátua de Manequinho, um chafariz em formato de um boneco fazendo xixi, em frente à sede Mourisco, do Botafogo, a camisa alvinegra e uma faixa de campeão.
Era o que bastava para o Manequinho ser escolhido como novo mascote alvinegro, em 2021, o Botafogo repaginou o Biriba, transformando-o em um super cão, e oficializou Biriba, como mascote, mas sem esquecer Manequinho.


Bem, até que enfim o Alfredo Melo assume a verdade que nunca quis calar: ele é o Gatinho Cruel, que agora sai de cena para dar lugar ao seu criador. Enorme criatura no sentido literal, na bondade, no caráter e no conhecimento profundo do futebol e das coisas boas da vida, inclusive pratos deliciosos. Ah, tem também a paixão pelo Botafogo cada dia maior…

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