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Suicídios de sobreviventes de tiroteios preocupam comunidades nos Estados Unidos

REUTERS – As comunidades de Parkland, na Flórida, e Newtown, em Connecticut, estão em alerta depois que dois estudantes que sobreviveram ao massacre da escola Marjorie Stoneman Douglas, no ano passado, e o pai de uma vítima do massacre de Sandy Hook, em dezembro de 2012, foram encontrados mortos em pouco mais de uma semana, todos com indícios de suicídio.

Na manhã desta segunda-feira (25), a polícia de Newtown anunciou que Jeremy Richman, pai de Avielle, Richman, uma das 20 crianças assassinadas no massacre de Sandy Hook, há quase 7 anos, havia sido encontrado morto em seu escritório.

O fato das três mortes terem acontecido em tão pouco tempo levou as autoridades a fazerem reuniões e anúncios de campanhas contra o suicídio, para tentar evitar que mais sobreviventes e familiares, traumatizados, sigam o mesmo caminho.

Novas vítimas de Parkland

A primeira morte aconteceu entre os dias 16 e 17 deste mês. Sydney Aiello tinha 19 anos e perdeu sua melhor amiga, Meadow Pollack, no massacre de Parkland, em 14 de fevereiro do ano passado.

Segundo a família, ela se culpava por ter sobrevivido, tinha dificuldades para ir às aulas na faculdade onde estudava, pois tinha pânico das salas de aula. Sydney havia sido diagnosticada com transtorno do stress pós-traumático.

No último domingo (25), a polícia de Parkland divulgou que outro ex-aluno da escola Marjorie Stoneman Douglas, que não teve a identidade divulgada, também cometeu suicídio.

Preocupação das autoridades

Com as novas tragédias, as autoridades de Parkland e da cidade vizinha de Coral Springs, onde moram vários alunos da escola, fizeram reuniões de emergência para definir estratégias para enfrentar a situação.

“Infelizmente a tragédia de Marjorie Stoneman Douglas não acabou em 14 de fevereiro”, disse Lynne Martzelle, porta-voz da prefeitura de Coral Springs, à imprensa norte-americana.

Por sua vez, a prefeita de Parkland, Christine Hunschofsky, afirmou que os recursos da cidade estão à disposição dos sobreviventes e familiares das vítimas do massacre.

“Cada um está em uma fase diferente, com diferentes níveis de trauma e luto. Nossa missão é levar os recursos certos para eles”, disse a prefeita. “O que não podemos é ter medo de falar sobre o assunto. Só com muita conversa poderemos descobrir e ajudar quem está sofrendo.”

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