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Em discurso realista, Melania contrasta com Trump e oferece conforto a vítimas da Covid-19

FOLHAPRESS – O 2º dia da Convenção Nacional Republicana ficou marcado pelo discurso da primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump. Nesta 3ª feira (25.ago.2020), ela disse que o presidente Donald Trump “não vai descansar até que tenha feito tudo o que pode para cuidar de todos”.

A mulher do presidente se referiu à crise provocada pela pandemia da covid-19. Para a primeira-dama, esse período vai ser lembrado pela boa condução de Trump frente ao maior problema de saúde pública em mais de 100 anos.

“É em tempos como este que olharemos para trás e contaremos aos nossos netos que, por meio de bondade e compaixão, força e determinação, fomos capazes de restaurar a promessa do nosso futuro”, declarou.

Melania ainda agradeceu aos profissionais da linha de frente no combate ao coronavírus, numa época que ela chamou de “estranha e assustadora”. Afirmou: “Quero estender minha gratidão a todos os profissionais de saúde, trabalhadores da linha de frente e professores, que se destacaram nestes tempos difíceis”.

Sobre os protestos antirracistas, Melania pediu para a população norte-americana não tomar atitudes baseadas na cor da pele de uma pessoa. Contudo, ela criticou os episódios de violência e saques a lojas em meio às manifestações.

“Devemos lembrar que hoje somos todos uma comunidade composta de muitas raças, religiões e etnias. Nossa história diversa e histórica é o que torna nosso país forte, e ainda temos muito o que aprender uns com os outros”, disse a primeira-dama, que nasceu na Eslovênia.

Por fim, Melania disse que seu marido é 1 político não-tradicional, que não pode ser julgado apenas pelas suas palavras. Ela disse que, independentemente de manchetes críticas, falsas e negativas a Trump, ele não desistirá de seu plano pelos norte-americanos.

FILHA MAIS NOVA: TRUMP VAI CONTRA O SISTEMA
Antes de Melania discursar, a também modelo Tiffany Trump, filha mais nova do presidente dos Estados Unidos disse que o pai é a “única pessoa a desafiar o sistema” de dentro da Casa Branca.

Tiffany, de 26 anos, disse que o carimbo anti-estabilishment de Trump deve-se a 1 trabalho contra o que ela chamou de “monopólio de farmacêuticas e de mídia” para “garantir que as liberdades constitucionais dos norte-americanos sejam respeitadas e que a justiça e a verdade prevaleçam”.

“É uma luta pela liberdade contra a opressão, pela oportunidade contra a estagnação, uma luta para manter a América fiel à América. Incentivo você a fazer seu julgamento com base nos resultados e não na retórica”, disse Tiffany, que é formada em sociologia pela Universidade da Pensilvânia e em direito pela Georgetown.

Outro ponto do discurso da filha de Trump foi o slogan “Make America Great Again”, pilar da campanha presidencial de 2016, quando o republicano derrotou a democrata Hillary Clinton.

A campanha faz referência à retomada econômica, foco da Presidência de Trump até a chegada da pandemia da covid-19 aos EUA, país com os maiores números de casos e mortes pelo coronavírus. O slogan também foi cunhado para defender o retorno da soberania norte-americana e tornar a nação mais segura.

Apesar de ficar famoso na boca de Trump, o slogan foi usado pela 1ª vez na campanha de Ronald Reagan, em 1980. Na ocasião, o país passava por 1 período de recessão sob o comando do democrata Jimmy Carter. No pleito, Reagan derrotou Carter para assumir seu 1º mandato em Washington.

Segundo Tiffany, a frase é mais que 1 slogan: “Veja, Make America Great Again não é 1 slogan para meu pai, é o que o leva a cumprir sua promessa de fazer o que é certo para os cidadãos norte-americanos. A energia para mudanças e oportunidades está conosco”.

A filha mais nova de Trump declarou ainda que o mandatário está “diante do ódio absoluto”, sem citar de onde ele emana. Ela completou dizendo que o presidente não foge de desafios para se sacrificar pelos Estados Unidos e que ele é “implacável” para atingir seus grandes sonhos.

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