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O CONHECIMENTO através da Bíblia – O ministério de apóstolo

Por: Pr José Soares Leite Na Bíblia a expressão “dons” (carisma) sempre se refere às dádivas divinas do poder de Deus, que são graciosamente concedidas sobrenaturalmente pelo Espírito Santo.
Essas dádivas se classificam em dois grupos conhecidos como: Dons Espirituais ou carismáticos (1Co 12., que são dados a todos os crentes que são batizados com o Espírito Santo e Dons Ministeriais, que somente são concedidos aos que foram chamados especificamente por Jesus para exercício do ministério da igreja: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres Querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério” (Ef 4.11-14), para o exercício de suas funções eclesiásticas na igreja (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4- 6).

Deus concedeu os dons ministeriais a partir do momento que Ele estabeleceu o sacerdócio para os negócios do ofício do altar, no Tabernáculo (Ex 28.1; Nm 18.7). É Deus quem concede os dons ministeriais (2 Tm 1.6) e é Deus quem determina o ministério ou ofício, porque o ministério resulta do dom (2Tm 4.5), de todos os obreiros na igreja (At 13.1). Neste estudo estaremos abordando unicamente o dom ministerial de apóstolo.

Muitos teólogos modernos, afirmam que dentre as cinco categorias que Jesus chamou para exercerem os dons ministeriais, o dom ministerial de apóstolo cessou e não existe mais, porque foi só para o início da igreja. Sem pedir desculpas para os tais teólogos que afirmam isto, esta parece ser afirmação de um indoutos. Pois se no mesmo texto bíblico de Ef 4.13, diz: “Até que todos cheguem a unidade da fé, a varão perfeito”.

Desta etapa ainda não se completou na história da igreja, porque ela ainda continua em evidência, precisando dos dons de todos estes cinco ministérios, inclusive o do apóstolo para concluir sua missão na terra (1Co 12.28-30). O termo apóstolo significa literalmente aquele que é “Enviado” a exemplo da obra do ministério terreno de Jesus Cristo (Hb 3.1), os doze discípulos, já na condição de apóstolo, que Ele enviou pela primeira vez (Mc 6.30; Lc 6.13) e dos Apóstolos Paulo e Barnabé, que foram enviados pelo próprio Espírito Santo (At 13.41).

O apóstolo é a mais alta ordem dos ofícios dos ministeriais da igreja no Novo Testamento (1Co 12.28; Ef 3.5; At 1.2; 1Pe 3.2). Este apostolado foi dado a igreja tanto por causa da evangelização dos judeus quanto dos gentios, sendo Paulo o principal apóstolo dos gentios (Gl 1.1; 2.8-9). O trabalho do apóstolo difere do evangelista por que consolida os resultados da evangelização. O apóstolo vela com cuidado pela obra coletivamente (At 2.41; 4.4; 15.14-16).

Já o ministério do evangelista só efetua a pregação para a conversão dos pecadores (At 8.5.13). Diante da necessidade do trabalho dos apóstolos, na missão de levar a mensagem do evangelho por todo o mundo (Mt 28.19; 2Co 12.12). De congregá-los fortalecidos na comunhão e ensinamentos doutrinários na igreja do Senhor (At 4.32-34; Jd 17), Porém o que não existe mais é o ministério especifi co nos moldes do colégio apostólico dos doze. Porque num sentido único eles formaram um grupo distinto, fizeram parte do ministério terreno de Jesus. Tiveram a incumbência de lançar os fundamentos das doutrinas apostólicas (Ef 2.20-21),

No Milênio, os doze se assentarão sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes estarão registrados nos fundamentos da Nova Jerusalém (Ap 21.12-14). Nesse sentido, o ministério desse doze do colégio apostólico não existe mais. No entanto para os demais apóstolos que vieram após os doze, como Barnabé (At 14.14; 1Ts 2.6), Andrônio e Júnias (Rm 16.7), Tiago, irmão do Senhor (Gl 1.19) e de todos demais até a atualidade, o dom ministerial de apóstolos dado por Jesus, continua em plena vigência, atualmente (Ef 11.4).

Eles tem o mesmo poder de levar a mensagem do evangelho (Mt 28.19, Mc 16.15-17) e estabelecer igrejas ao redor do mundo (2 Co 11.28). O ministério apostólico da atualidade, surgiu depois da reforma no século XVI em que a igreja evangélica se desvinculou da igreja romana na reforma protestante Ela voltou novamente no século XVII (1648), a novamente a exercer o ministério do caráter apostólico, através do trabalho de missões.

Então começou a serem enviadas pessoa pregar aos povos não alcançados pelo evangelho, servos como verdadeiros apóstolos de Cristo: John Wesley, William Carey (Pai das missões modernas), Hudson Taylor, D.L.Moody, Gunar Vingren, Daniel Berg e outros tantos mais. Pelo trabalho deles, cidades e até países foram impactados pelo Evangelho.


O Pr José Soares Leite é Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico.

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