Brasil

PF faz operação contra empresários que, supostamente, teriam defendido golpe em grupo de WhatsApp

Da Redação – A operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados de busca contra empresários nesta terça-feira (23) e gerou repercussão entre os apoiadores do presidente.

A corporação realizou a ação depois que estes empresários por supostamente defenderam um golpe de estado em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de outubro.

A operação desta terça foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e teve como alvos:

  • Luciano Hang (Havan),
  • José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan),
  • José Koury (Barra World Shopping),
  • Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu),
  • André Tissot (Grupo Serra),
  • Meyer Nirgri (Tecnisa),
  • Ivan Wrobel (Construtora W3)
  • Marco Aurélio Raimundo (Mormai).

A operação gerou repercussão no grupo de WhatsApp em que estão estes empresários, justamente de onde partiram as mensagens defendendo o golpe, reveladas pelo portal Metrópoles.

Segundo a coluna de Guilherme Amado no site, mais de 50 integrantes deixaram este grupo após a operação ser deflagrada pela PF.

Ainda segundo o jornalista, houve troca de mensagens admitindo o medo da prisão, entre elas, a de José Koury, dono do Barra World Shopping. “Já comprou meus chocolates e cigarros?”, chegou a escrever o empresário, ironizando a possibilidade de ir para a cadeia.

Em outra mensagem, o mesmo Koury afirmou: “De qualquer forma não devemos ter medo. As coisas que falamos refletem opiniões pessoais. A não ser que nos acusem de formação de quadrilha. De empresários kkkk”.

Outras medidas determinadas
Além das buscas realizadas em endereços ligados aos empresários, Moraes determinou, segundo a Globonews, também outra série de ações:

  • bloqueio das contas bancárias dos empresários;
  • bloqueio das contas de redes sociais dos empresários;
  • quebra de sigilo bancário dos empresários
  • tomada de depoimentos;
  • Pedido de prisão de empresários

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) solicitou a prisão dos empresários na última quarta-feira (17). O parlamentar acionou STF para que a Polícia Federal e o Ministério Público atuem contra o grupo “Empresários e Política”.

Entre as medidas solicitadas, estavam a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva.

A petição de Randolfe foi enviada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes.

Em sua conta no Twitter, Luciano Havan disse que foi “tratado novamente como um bandido!”.

“Eu nunca falei sobre golpe, minha fala em determinado grupo de Whatsapp foi a seguinte: ‘Mais 4 anos de Bolsonaro, mais 8 de Tarcísio e aí não terá mais espaço para esses vagabundos’, me referindo aos maus políticos deste país”, afirmou ele, dizendo que sempre defendeu a democracia, a liberdade de expressão e de opinião.

“Estou tranquilo, porque não tenho nada a temer e estou com a verdade ao meu lado. Agora, corro o risco de perder minhas redes mais uma vez. Um absurdo, baseado em uma informação distorcida e falsa”, reclamou.

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