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Texas enviou cerca de 10.000 imigrantes para cidades administradas por democratas

JNEWS – O Texas enviou cerca de 10.000 imigrantes para as cidades de Washington DC, Nova York e Chicago, as quais o governador republicano, Greg Abbott, se refere como sendo “progressistas e acolhedoras”.

O transporte desses imigrantes para a capital dos Estados Unidos é parte do plano do governador do Texas, Greg Abbott (Rep.), para combater a crise migratória na fronteira dos Estados Unidos com México e também o cumprimento de uma advertência que o governador daquele estado havia feito, à administração Biden, considerada por ele como conivente com a imigração ilegal pela maneira como o governo federal tem tratado a crise migratória que afeta diretamente os estados fronteiriços.

Os passageiros não são forçados a embarcarem nos ônibus e fazem a viagem por vontade própria.

“Para continuar a fornecer um alívio tão necessário de nossas pequenas cidades fronteiriças que sobrecarregadas, Chicago se juntará às cidades santuário de Washington D.C. e Nova York como um local adicional de destino desses imigrantes, uma vez que elas já se declararam cidades santuário para imigrantes”disse Abbott. “A prefeita (de Chicago)  Lightfoot (Lori Lightfoot) adora dizer como a sua cidade é acolhedora independentemente do status legal, eu estou ansioso para ver essa responsabilidade em ação, pois esses imigrantes devem então receber os recursos de uma cidade santuário com a capacidade de atendê-los.”

No domingo, 4 de setembro, um novo ônibus chegou a Chicago com 50 migrantes, dias antes 75 chegaram a cidade vindas da fronteira do Texas com o México.

Diante dessa situação, as autoridades de Chicago fizeram pedidos públicos de voluntários e doações que servem para receber os imigrantes em meio a uma batalha política na qual os republicanos tentam mostrar sua desaprovação das políticas de migratórias do presidente Joe Biden e chamar a atenção da sociedade americana sobre a crise na fronteira.

A prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, disse que nenhum funcionário do Texas se comunicou com sua administração, então ela pediu a Abbott que colaborasse e tratasse os migrantes de forma mais humana.

“Ele tenta enviar seres humanos, não carga, mas seres humanos em todo o país para um destino incitado”, disse Lighfoot, ao reiterar que Abbott “está fabricando uma crise humanitária”, o que não faz sentido para ela.

No entanto, o prefeito também comentou que várias organizações já estão prestando assistência aos migrantes: “Somos uma cidade acolhedora, por isso sempre vamos dar um passo em frente e fazer a coisa certa para garantir que os migrantes que vêm sejam bem recebidos”, disse ela.

A cidade de Nova York tem recebido a maior parte dos imigrantes enviados por Abbott. O gabinete do prefeito de Nova York diz que desde 5 de agosto eles receberam 1.450 solicitantes de asilo, outras 6.500 pessoas chegaram de Washington, uma cidade onde o governador do Texas começou a enviar estrangeiros.

O Comissário de Imigração do Gabinete do Prefeito de Nova York, o mexicano-americano Manuel Castro, acredita que essa estratégia continuará até novembro “pela simples razão de que são então as eleições do Texas”, em alusão às eleições nas quais o governador Abbott tentará ser reeleito contra o democrata Beto O’ Rourke.

Esses imigrantes que fazem parte do programa de Abbott não são considerados ilegais. Eles solicitaram asilo e receberam a permissão legal para permanecer no país enquanto o governo federal decide se eles se qualificam para asilo ou não.

Os solicitantes de asilo vindos de países como Venezuela e Cuba embarcam em ônibus em Del Rio, Texas, depois de passarem por uma triagem pelas autoridades federais de imigração.

Para o prefeito da cidade texana de McAllen, Javier Villalobo (Rep.), que fica próxima a fronteira mexicana e que tem que lidar com a crise migratória, disse que as as criticas dos prefeitos democratas das “grandes e ricas cidades do Norte” são infundadas, e justifica: “Você vê Nova York, uma das cidades mais ricas e prosperas do mudo, você vê Washington, o centro do poder mundial, e agora elas dizem que estão se afogando com alguns ônibus que chegaram à suas cidades”, disse Villalobo. “Nós aqui estamos acostumados a receber e abrigar mais de mil pessoas que cruzam a fronteira ilegalmente todos os dias e acho que eles podem lidar com algumas centenas”.

Os passageiros não são forçados a embarcarem nos ônibus e fazem a viagem por vontade própria.

 

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