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Filipe Wolff e família retornam aos EUA

Jehozadak Pereira

Após oito meses de Brasil, Evelyn Coppo, Filipe e Henrique Wolff voltaram aos Estados Unidos, para o prosseguimento do tratamento do garoto que comoveu a comunidade brasileira por sua luta contra a doença, anos atrás. No período em que ficou no Brasil, Filipe não foi visto pela equipe médica que se comprometeu a atende-lo, nenhuma vez e os médicos responsáveis pelo seu tratamento nos Estados Unidos recomendaram a volta, o que a família fez no dia 12 de setembro e desde então estão hospedados na casa de uns amigos.

Por causa do transplante de fígado, Filipe tem que ter acompanhamento médico por toda a vida. Atualmente, Filipe tem 10 anos de idade. “Ficamos no Brasil por oito meses. Moramos na casa da minha mãe. Lá, tentamos seguir com nossa vida, trabalho, escola dos meninos e tratamento médico do Filipe. Mas, as coisas nem sempre são como esperamos. Voltamos aos Estados Unidos, porque o Filipe não pode receber o tratamento de saúde adequado para ele.

A equipe do Mass General Hospital quer o Filipe por perto, pois ele precisa ser acompanhado constante, e necessitará de tratamento pelo resto de sua vida, e ele ainda está fazendo os exames e consultas de acompanhamento, para checarem se está tudo bem”, diz Evelyn sobre a saúde e os procedimentos com Filipe.

A família têm necessidades específicas que vão desde uma casa para morar e trabalho, de acordo com Evelyn. “Estamos procurando um apartamento pequeno para alugar, preciso encontrar um lugar para os meninos, um lugar para eles chamarem de lar novamente. Foi um ano bem difícil. Também, estou à procura de trabalho, para poder prover as necessidades do Henrique e do Filipe, eles são a razão e o motivo que me dão força a continuar”, diz. Para ajudar Evelyn e sua família, uma conta no GodFundMe.com foi criada.

“Uma amiga americana, que foi nossa vizinha em Milford, resolveu fazer o fundraising. Ela quer nos ajudar com as primeiras despesas, com o aluguel, etc até que eu consiga encontrar um trabalho para prover o nosso sustento”, finaliza Evelyn. Quem desejar contribuir para ajudar Filipe e sua família pode fazê-lo, acesse o link https:// www.gofundme.com/hope-for-filipe.

RELEMBRE O CASO

A doença de Filipe Wolff foi descoberta em abril de 2010, depois de quatro meses de investigações. Ele apresentava lesões na pele (semelhante a brotoeja), reclamava de dores de ouvido e apresentou algumas infecções frequentes. Apesar dos sintomas, o que mais causou preocupação nos pais foi o fato do garoto ter deixado de ganhar peso e se queixar de dores no fígado.

A família recebeu o diagnóstico de histiocitose de células de Langherhans (doença primária) e a colangite esclerosante (doença secundária) com muita tristeza, pois Filipe estava com apenas um ano e meio de idade. A família veio para os EUA em busca de um dos maiores especialistas em histiocitose do mundo, o Dr. Carlos Rodriguez-Galindo, que atendeu Filipe, que teria que fazer um transplante de fígado.

Filipe foi diagnosticado com um raro tipo de câncer – Monossomia 7 com Mielodisplasia o que talvez precisasse de um transplante de medula óssea. Em outubro de 2013, Filipe se submeteu a um transplante de fígado, cujo doador foi Guilherme, seu pai. A partir dali deu-se início a recuperação do encantador garotinho que lutava bravamente por sua vida.

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