REUTERS – O imigrante venezuelano Brayan Pinto (18) teve que se despedir de Brandy, sua cadelinha, antes de atravessar a fronteira entre os Estados Unidos e o México, no domingo (11). O cachorro, uma mistura de pequinês e poodle toy, foi um presente da mãe do jovem, que deu o animal ao filho como forma de apoio emocional antes de morrer.
Partindo da Venezuela, Brayan e Brandy passaram por diversos locais rumo aos Estados Unidos, incluindo pela notoriamente perigosa Região de Darién, situada entre o Panamá e a Colômbia. A jornada da dupla, entretanto, terminou na Ciudad Juárez, no México: a partir dali, Brayan teve de seguir sozinho.
“Esta cachorrinha que tenho aqui se chama Brandy. Ela está comigo há dois anos e até me serviu como um cão de apoio emocional”, disse o venezuelano. “Hoje, quando chegamos aos EUA, eles me disseram que eu precisava deixá-la para trás porque ela não pode cruzar para o outro lado comigo.”
“Eles [as autoridades norte-americanas] fazem muito para nos ajudar, eles não podem ajudar os filhotes também. Minha tia também está triste, não sabemos o que fazer porque não queremos abandoná-la aqui. Ela esteve conosco pelo Equador, Colômbia, Venezuela, atravessou a selva de Darien – estivemos lá por nove dias – e estamos aqui e não sabemos o que fazer, precisamos da sua ajuda”, disse Pinto.
Um fotojornalista que estava no local aceitou cuidar da cadelinha.